Autoridades tradicionais sob tutela da Cultura e o combate à proliferação de igrejas
Com a aprovação
do estatuto Orgânico do Ministério da Cultura na última reunião do Conselho de Ministros no dia 27 de Dezembro do ano passado, ficou decidido que as autoridades tradicionais, um segmento importante na história cultural do país, estejam sob a tutela do Ministério da Cultura.
De acordo com a Ministra da Cultura, vai ser criada uma direcção das autoridades tradicionais, por forma a continuarem a dar maior espaço aos programas desenvolvidos com a preservação e divulgação do mosaico cultural tradicional angolano.
Uma das áreas que será alvo de maior atenção do ministério, está relacionada com o combate à proliferação de igrejas que, de forma desorganizada e em qualquer espaço vão surgindo. “A comissão multissectorial do Executivo, que integra os Ministérios do Interior, Justiça e Cultura realizou, no ano passado, uma grande reunião de concertação, onde foram tomadas medidas para manter um certo equilíbrio e tranquilidade na forma do exercício das actividades religiosas”.
Carolina Cerqueira assegurou que a Lei da Religião vai ser aprovada ainda esse ano e vai regulamentar as balizas do exercício das actividades religiosas. “Estamos preocupados com as associações e seitas religiosas que proliferam um pouco pelo país de forma ilegal e atentam contra a tranquilidade pública e dignidade da pessoa humana”.
A ministra pretende, que a religião no país sirva de “plataforma de tranquilidade espiritual, moral e social” e que não seja uma forma de “mercantilismo e agressão à dignidade da pessoa humana”.