Benguela traça metas para melhorar o ensino
A correspondência entre o rendimento escolar e as competências que os alunos adquirem ao longo do ano lectivo continua a constituir uma das maiores preocupações do sector da Educação.
De acordo com o director provincial da Educação, Evaristo Mário, urge a necessidade permanente de se avaliar a correspondência entre os indicadores do aproveitamento e do rendimento escolar.
“Por isso é que temos vindo a trabalhar fundamentalmente no reforço das competências dos professores, na supervisão do desenvolvimento das aulas, para podermos garantir que o nosso sistema de ensino tenha a qualidade requerida e para que também o aproveitamento e o rendimento escolar correspondam às competências que os alunos adquirem nas mais diversas classes dos subsistemas de ensino, sob o nosso controlo”, sublinhou.
Segundo Evaristo Mário, não há a obrigatoriedade de qualquer encarregado de educação dar comparticipação, porque constitui um acordo voluntário dos pais e encarregados de educação.
O director da Educação justifica que as comparticipações decorrem da iniciativa das comunidades escolares, do acordo que os pais e encarregados de educação definem no acto da reunião da assembleia da escola e os fundos comunitários devem ser geridos exclusivamente pela comissão de pais e encarregados de educação.
“As comparticipações são um acto voluntário dos pais e encarregados de educação, que entendendo as preocupações que a escola tem e a necessidade da superação dessas preocupações, decidem por um valor de comparticipação trimestral ou anual, que vai de encontro às possibilidades da comunidade”, sublinhou o responsável da educação.
Relativamente às denúncias segundo as quais alunos vêm as suas matrículas comprometidas devido ao não pagamento das comparticipações em anos anteriores, Evaristo Mário esclarece que o sector tem orientado a Inspecção Escolar, as direcções municipais e as respectivas escolas, no sentido de não articularem tal prática, que considera de incorrecta e sem o respaldo da lei, assegurando que os alunos vão efectuar as suas matrículas, “porque quando o encarregado não efectua a comparticipação é porque não tem possibilidades financeiras e tratando-se de um acordo voluntario deve a comunidade escolar perceber as condições do encarregado”.