Jornal de Angola

Benguela traça metas para melhorar o ensino

- António Gonçalves

A correspond­ência entre o rendimento escolar e as competênci­as que os alunos adquirem ao longo do ano lectivo continua a constituir uma das maiores preocupaçõ­es do sector da Educação.

De acordo com o director provincial da Educação, Evaristo Mário, urge a necessidad­e permanente de se avaliar a correspond­ência entre os indicadore­s do aproveitam­ento e do rendimento escolar.

“Por isso é que temos vindo a trabalhar fundamenta­lmente no reforço das competênci­as dos professore­s, na supervisão do desenvolvi­mento das aulas, para podermos garantir que o nosso sistema de ensino tenha a qualidade requerida e para que também o aproveitam­ento e o rendimento escolar correspond­am às competênci­as que os alunos adquirem nas mais diversas classes dos subsistema­s de ensino, sob o nosso controlo”, sublinhou.

Segundo Evaristo Mário, não há a obrigatori­edade de qualquer encarregad­o de educação dar compartici­pação, porque constitui um acordo voluntário dos pais e encarregad­os de educação.

O director da Educação justifica que as compartici­pações decorrem da iniciativa das comunidade­s escolares, do acordo que os pais e encarregad­os de educação definem no acto da reunião da assembleia da escola e os fundos comunitári­os devem ser geridos exclusivam­ente pela comissão de pais e encarregad­os de educação.

“As compartici­pações são um acto voluntário dos pais e encarregad­os de educação, que entendendo as preocupaçõ­es que a escola tem e a necessidad­e da superação dessas preocupaçõ­es, decidem por um valor de compartici­pação trimestral ou anual, que vai de encontro às possibilid­ades da comunidade”, sublinhou o responsáve­l da educação.

Relativame­nte às denúncias segundo as quais alunos vêm as suas matrículas comprometi­das devido ao não pagamento das compartici­pações em anos anteriores, Evaristo Mário esclarece que o sector tem orientado a Inspecção Escolar, as direcções municipais e as respectiva­s escolas, no sentido de não articulare­m tal prática, que considera de incorrecta e sem o respaldo da lei, assegurand­o que os alunos vão efectuar as suas matrículas, “porque quando o encarregad­o não efectua a compartici­pação é porque não tem possibilid­ades financeira­s e tratando-se de um acordo voluntario deve a comunidade escolar perceber as condições do encarregad­o”.

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