Palancas reconhecem relva do Estádio de Adrar
Estreia acontece amanhã à tarde diante da selecção burkinabe na abertura da primeira jornada do Grupo D
Os Palancas Negras efectuam hoje o treino de reconhecimento ao relvado do Estádio de Adrar, palco manhã do jogo de estreia no Campeonato Africano das Nações(CHAN'2018), diante da congénere do Burkina Faso. A sessão, como mandam as normas, acontece à hora do jogo. Ou seja, às 16h30(17h30 tempo de Angola).
O seleccionador nacional Srdjan Vasiljevic deve aproveitar a ocasião para fazer as últimas correcções na forma de actuação individual das unidades por si convocadas para esta missão. Pois, nos dois jogos amigáveis realizados escapou a sensação de que a equipa ainda denota(va) alguma falta de coesão entre os três sectores.
Mais do que isso, serão, certamente, traçadas as estratégias de actuação no jogo com o Burkina Faso, um adversário bem conhecido dos angolanos, mas que tem sido um verdadeiro carrasco nos últimos confrontos directos. Daí, a razão de ser um jogo que deve ser encarado com maior determinação e sentido de responsabilidade.
Pensamos que depois da intensa preparação desenvolvida em Luanda, e que deu continuidade em Casablanca, a selecção estará apta para fazer face às exigências do torneio, sendo que o treino de hoje não deve ser de intensidade, mas ligeiro, capaz de dar maior privilégio à conversa de rotina com os atletas para a indispensável coordenação da estratégia de jogo.
Aliás, treino com maior investimento no aprimoramento físico realizou-se ontem num dos campos de Agadir, em sessão única. Depois da habitual palestra, que terá durado cerca de 15 minutos, o seleccionador nacional repartiu o grupo de trabalho, efectuando a tradicional corrida à volta do campo. Enquanto isso, os guarda-rdes, Landu, Jotabé e Rui tiveram um treino específico à parte.
Em hora e meia de treino o seleccionador nacional aproveitou os derradeiros 30 minutos para a revisão dos aspectos técnicos e tácticos, assim como tratou de submeter os jogadores de vocação atacante ao ensaio de remates à baliza. A entrega e voluntariedade evidenciadas pelos jogadores infunde, realmente, alguma confiança. A equipa está apta para a grande “odisseia”.
Na verdade, o jogo de estreia está merecer a atenção de todo o grupo de trabalho, sendo que o objectivo é entrar para o torneio com pé direito. Tanto assim é que, hoje, ao período da tarde, equipa técnica e jogadores têm a agenda uma sessão de vídeo, em que vão rever as imagens dos jogos realizados pelo Burkina Faso na fase de qualificação a este torneio, que decorre, desde sábado, nas cidades marroquinas de Casablanca, Marrakech, Tanger e Agadir.
Embaixadores do torneio
Três futebolistas lendários, designadamente Nourredine Naybet (Marrocos), Robert Kidiaba (República Democrática do Congo) e Adel Chedli (Tunísia) foram nomeados embaixadores para o Campeonato Africano das Nações de 2018 (CHAN) que decorre desde sábado.
Segundo o órgão de imprensa da Confederação Africana de Futebol (CAF) os três foram designados em reconhecimento da sua contribuição e do seu impacto no futebol. Eles vão desempenhar o papel de embaixador durante o torneio que decorre até ao próximo dia 4 de Fevereiro. Naybet, a coqueluche dos adeptos no seu Marrocos natal, nasceu em Casablanca, a sul de Rabat, onde adquiriu a sua notoriedade, em particular durante a Liga dos Campeões da CAF de 1992 antes de partir para a Europa.
Em 16 anos de carreira, o marroquino vestiu a camisola nacional 115 vezes.
Vencedor da primeira edição do CHAN em 2009 com a RD Congo, Kidiaba adquiriu uma estatura internacional com o TP Mazembe de Lubumbashi (extremo sudeste do país), onde venceu quase todos os títulos aos níveis nacional e continental. Notabilizou-se pela sua dança, “bum dance”, quando ele marca um golo ou quando um outro da equipa o faz.
A 25 de Fevereiro de 2011 em Omdurman, no Sudão, Chedli entrou na história tornando-se o primeiro e único jogador a vencer o Campeonato Africano das Nações (CAN) e o CHAN, competição reservado apenas aos jogados africanos que evoluem nas equipas nacionais.
Membro da equipa vitoriosa tunisina do CAN 2004, ele venceu o CHAN aos 35 anos de idade quando a Tunísia bateu Angola por 3-0 durante a final em 2011.
Na verdade, o jogo de estreia está a merecer a atenção de todo o grupo de trabalho, sendo que o objectivo é entrar para o torneio com pé direito