Praga de larvas e seca perigam os cultivos
Uma praga de larvas conhecidas por “lagartas militares”, que atinge Cacula, Huíla, ameaça devastar as poucas culturas de cereais que ainda resistem à seca que também afecta o município, revelou na sexta-feira ao Jornal de Angola a administradora local.
Cármen Duarte disse que os camponeses, desprovidos de meios alternativos para irrigação e de pesticidas para o combate à peste, temem pelas suas colheitas.
Sem referir-se a números, a administradora de Cacula fala em vários hectares de milho, massango e massambala, principais produtos da dieta alimentar das famílias, ameaçadas por larvas e seca.
Um levantamento provisório efectuado pela Administração Municipal mostra que os flagelos atingem vastas extensões de terras cultivadas, sobretudo nas localidades de Chituto e Vity Vivaly, onde o problema é mais acentuado.
Em face disso, a Administração prevê, nos próximos meses, escassez generalizada de alimentos entre as comunidades que dependem exclusivamente da produção agrícola.
“Não temos chuvas esta época e os camponeses estão impossibilitados de cultivar”, disse Cármen Duarte, salientando que as poucas culturas que foram lanças à terra estão ameaçadas pela praga de larvas.
Em algumas localidades, prosseguiu, há relatos da morte de animais. “Temos as culturas a secar e o gado a morrer”, exemplificou. Para contornar a situação, a Administração Municipal está a aconselhar os camponeses a diversificarem as culturas.