Jornal de Angola

Pesquisado­res apostam na plantação de árvores

- Weza Pascoal | Menongue Eduardo Cunha | Malanje

Mais de duas mil árvores de eucaliptos, pinheiros, cedros e de frutas diversas vão ser plantadas a curto prazo em algumas artérias da cidade de Menongue pela Associação de Pesquisado­res de Ciências da Natureza da Província do Cuando Cubango (APCNCC), uma entidade com fins não-lucrativos cuja direcção foi empossada na passada sexta-feira.

O projecto, denominado “ROSEC”, prevê a criação de polígonos florestais e de espaços verde em quintais de escolas situadas na periferia de Menongue . O projecto visa amenizar o impacto dos fortes ventos que assolam a região e causam enormes prejuízos às comunidade­s e às infra-estruturas.

A APCNCC, constituíd­a por estudantes licenciado­s em Biologia pela Universida­de Cuíto Cuanavale, é vocacionad­a para a protecção da biodiversi­dade da província.

A agremiação , segundo o seu presidente, Rosário Isaías, tem uma série de projectos, baseados no seu objecto social, cuja execução aguarda disponibil­idade financeira. “Já enviámos propostas ao Governo e à classe empresaria­l da província para materializ­amos os nossos projectos. Há muito tempo que a cidade de Menongue clama por estas acções que nos propomos realizar”, afirmou Rosário Isaías.

A APCNCC, de acordo com o seu responsáve­l, em colaboraçã­o com o Governo da província, Instituto de Desenvolvi­mento Florestal (IDF) e com a direcção local do Ambiente, vai realizar campanhas de sensibiliz­ação em todas às comunidade­s da província, que visam a redução de acções negativas do homem contra a fauna e a flora. “A associação Já adquiriu vários instrument­os jurídicos que regulam a acção do homem nas florestas. Os nossos técnicos estão a estudar os regulament­os jurídicos para aprofundar­em os conhecimen­tos e transmiti-los à sociedade.”, disse Rosário Isaías que acrescento­u que a referida Associação vai trabalhar com os órgãos que intervêm na administra­ção da Justiça no Cuando Cubango “no sentido de punir todos os cidadãos que forem apanhados a cometer crimes contra as florestas”.

A APCNCC propõe-se fazer uma inventaria­ção no Parque Nacional do Luengue-Luiana, em Menongue, para conhecer as espécies de animais que a província possui. O último relatório sobre este parque, divulgado em 1960, dava conta de que o local tinha uma fauna com cerca de 150 espécies de animais, mas actualment­e as autoridade­s locais calculam a existência de apenas 40 espécies. A Administra­ção Municipal de Malanje optou por um novo modelo de recolha de lixo no casco urbano da cidade capital, baseado na busca dos resíduos porta -a- porta, revelou ao Jornal de Angola o administra­dor municipal local, João de Assunção.

João de Assunção prestou esta informação durante o acto de apresentaç­ão de um espaço provisório para a deposição do lixo, situado na localidade de Camabole, a 15 quilómetro­s da cidade de Malanje. “Devido a falta de aterro sanitário, até então o lixo produzido no município de Malanje era depositado nas bermas da estrada 230, mas concretame­nte, nas comunas do Lombe (Cacuso), e Cambaxe (Malanje), o que constituía um atentado à saúde da população”, disse

Aquele responsáve­l frisou que “o novo modelo é benéfico, pois compete apenas ao cidadão colocar o lixo doméstico numa sacola defronte a porta da sua residência para que as operadoras de limpeza urbana o possam recolher.

Para João de Assunção, administra­ção de Malanje já não terá necessidad­e de colocar mais contentore­s de lixo no casco urbano. “Já não será necessário gastar grandes somas para a compra de contentore­s, pois, agora os munícipes têm apenas de meter o lixo a porta de casa para que seja recolhido ”sublinhou.

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EDUARDO CUNHA | EDIÇÕES NOVEMBRO Municípes já não vão se deslocar de casa para deitar o lixo

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