Líderes e dirigentes de organizações internacionais
O discurso de abertura do fórum, celebrado anualmente naquela estação de esqui de 12 mil habitantes, vai ser feito neste ano pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
Além do Presidente Donald Trump, que vai colocar à prova as suas teses proteccionistas frente a uma elite mundial que tende a defender a globalização, são esperadas participações de vários líderes de países do G7, como o presidente francês Emmanuel Macron, a primeira ministra britânica Theresa May e o primeiro-ministro do Canadá Justin Trudeau. Também está prevista a presença dos presidentes de Brasil (Michel Temer), Argentina (Mauricio Macri) e Colômbia (Juan Manuel Santos). Em Davos estará o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu e o rei da Espanha, Felipe VI.
A lista de líderes de organizações internacionais inclui o secretário-geral da ONU, António Guterres, o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, o director-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, e o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein. Também se espera a participação de 1.900 altos directores do sector privado, assim como de celebridades do cinema e da música, como a actriz australiana Cate Blanchett e o cantor britânico Elton John.
Mais de 21 por cento dos participantes serão mulheres, um número recorde em relação a edições anteriores. Além disso, o fórum neste ano é copresidido exclusivamente por mulheres, entre elas a primeira-ministra norueguesa Erna Solberg e Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante meio século, foi aos pés da montanha mágica de Davos que a ideia da globalização financeira ganhou seus contornos modernos. No evento promovido para a elite das finanças internacionais, aberturas inéditas de mercados começaram a ser desenhadas e um consenso foi erguido sobre os benefícios de um mundo sem fronteiras para o capital. Agora, o Fórum Económico Mundial de Davos abre sua 48.ª edição amanhã com um alerta: a crise financeira de 2008 pode ter sido superada e a economia pode ter voltado a crescer. Mas o mundo está “preso numa crise social”.