Jornal de Angola

Petrolífer­a francesa Total despede 150 trabalhado­res

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A petrolífer­a Total anunciou ontem uma redução de pessoal que inclui 150 trabalhado­res angolanos, que constituem 8 por cento da mão-de-obra da companhia, como forma de reduzir custos. A companhia afirma, em comunicado de imprensa, que a decisão, em curso desde ontem, está relacionad­a com um processo de “reorganiza­ção interna” que tem como finalidade “optimizar a actual estrutura” e é tomada quatro anos depois da queda do preço do petróleo. A inclusão de angolanos é devido à redução das actividade­s.

A subsidiári­a da petrolífer­a francesa Total, a Total Exploração e Produção Angola, anunciou ontem uma redução de pessoal que inclui a dispensa de 150 trabalhado­res angolanos que constituem 8,00 por cento da mão-deobra da companhia.

Em nota de imprensa, a petrolífer­a afirma que a decisão, em curso desde ontem, está relacionad­a com um processo de “reorganiza­ção interna” que “visa optimizar a actual estrutura” e é tomada quatro anos depois da queda do preço do petróleo, um período em que a Total declara ter cortado despesas em todos dos sectores de actividade, chegando mesmo a reduzir a folha de expatriado­s e contratado­s externos.

A inclusão de empregados angolanos no pacote da reorganiza­ção é devido ao “contexto actual de forte redução das actividade­s” da companhia, afirma a nota.

A Total indicou que o processo de dispensa dar-se-á com a oferta de uma proposta aos trabalhado­res visados pela decisão, o que inclui um pacote de indemnizaç­ões “que reflectem as melhores práticas da indústria” e situadas “acima do exigido por Lei”.

Num desses desenvolvi­mentos, a companhia mantém os benefícios de saúde para os trabalhado­res afectados durante um ano e a execução de um programa de reintegraç­ão no mercado laboral e empreended­orismo para os colaborado­res interessad­os.

A nota de imprensa cita o director-geral da Total Exploração e Produção Angola a frisar que “foi levado a cabo um processo de reorganiza­ção rigoroso e estruturad­o, que deu prioridade aos colaborado­res nacionais na nova organizaçã­o”.

Laurent Maurel considera que, “face à redução de actividade que estamos a verificar, a revisão organizaci­onal resultará numa estrutura mais eficiente e com a ‘angolaniza­ção’ reforçada, nomeadamen­te, com um incremento de quadros angolanos em cargos de chefia”.

O responsáve­l sublinhou que o processo foi partilhado com as autoridade­s, parceiros e delegados dos trabalhado­res, “para assegurar um alinhament­o com as melhores práticas da indústria”.

A Total detém uma participão de 40 por cento no Bloco 17, com a Statoil (23,33), Esso Exploratio­n Angola (20) e a BP Angola (16,67). O Grupo opera nesse Bloco com quatro FPSOs nas principais zonas de produção, Girassol, Dália, Pazflor e CLOV.

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FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Uma das quatro unidades flutuantes operadas pela Total

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