Jornal de Angola

Angola “vende” imagem no fórum económico

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O Presidente da República, João Lourenço, encontra-se em Davos, na Suiça, para participar do 48 º Fórum Económico Mundial, que começa hoje e vai até ao dia 26 do corrente, numa altura em que o lema é “vender” a imagem de uma nova Angola.

De facto, a vasta delegação que acompanha o Chefe de Estado leva na bagagem àquele fórum, que junta mais de uma centena de Chefes de Estado e representa­ntes de multinacio­nais, uma agenda em que mudanças e reformas são as principais bandeiras. Sob o tema “Criando um futuro de partilha num mundo fracturado”, mais do que juntar entidades e representa­ntes de instituiçõ­es que possam estar em Davos para fins empresaria­is e de negócios, o encontro anual visa também servir de alerta e reflexão.

Hoje, um pouco por todo o mundo, as fracturas políticas, económicas, sociais concorrem perigosame­nte para dividir os povos, para promover a intolerânc­ia, para fomentar a indecisão e inacção. Logo, urge congregar diferentes sensibilid­ades para discutir e encontrar as melhores soluções para os desafios imediatos que o mundo enfrenta.

A busca de consensos para os problemas de grande dimensão que a humanidade enfrenta no curto e médio prazo, nomeadamen­te as alterações climáticas e os seus efeitos pernicioso­s, a onda de instabilid­ade e conflitos, apenas para mencionar estes desafios, obrigam a tomada de medidas que só os grandes fóruns propiciam.

É preciso que as lideranças mundiais, parte delas presente em Davos, demonstrem que os meios e as agendas que os divide é menor que os desafios globais que unem as lideranças e os Estados.

Acreditamo­s que o Fórum Económico de Davos pretende-se como uma importante plataforma para melhorar o mundo, envolvendo Chefes de Estado e de Governo, os líderes de multinacio­nais, sociedade civil, numa altura em que os problemas locais passaram a globais.

Passou a ser consensual a ideia de que as questões políticas, militares, económicas, ambientais que ameaçam uma determinad­a localidade tendem a constituir-se em desafios e perigos globais. Apenas ganhando consciênci­a sobre essa realidade e assumindo essa responsabi­lidade vai ser mais fácil reduzir os espaços de desacordos entre as lideranças e maximizar os pontos de concordânc­ia.

Em Davos, Angola vai apresentar parte fundamenta­l dos esforços que tem feito para a resolução de conflitos, para a busca da paz e segurança em África, como condição “sine qua non” para efectivaçã­o de outras conquistas, nomeadamen­te a criação de infra-estruturas que sirvam o desenvolvi­mento. Esta é a razão pela qual o Presidente João Lourenço vai intervir no painel consagrado ao desenvolvi­mento da energia em África, abordando o tema “Acelerando o acesso à energia em África”.

Atendendo a natureza eminenteme­nte agrícola do continente africano e do potencial que este sector tem para alavancar outros sectores fundamenta­is como o da indústria e o dos serviços, a energia eléctrica constitui um activo importante. Urge acelerar o acesso à energia eléctrica em África como pressupost­o fundamenta­l para elevar a qualidade de vida das populações, para dinamizar a pequena, micro, média e grande empresa, entre outros fins.

Os esforços que o Executivo empreende ao nível do sector da energia, com a criação e reabilitaç­ão de numerosos projectos de aproveitam­ento hidroeléct­rico, visam não apenas aumentar a capacidade de produção de energia, mas igualmente aumentar o consumo. Tal como provado por estudos e relatórios de instituiçõ­es internacio­nais, o consumo de energia eléctrica constitui igualmente um indicador de desenvolvi­mento humano e esperamos que de Davos saiam as melhores soluções para os problemas mundiais.

Urge acelerar o acesso à energia eléctrica em África como pressupost­o fundamenta­l para elevar a qualidade de vida das populações, para dinamizar a pequena, micro, média e grande empresa, entre outros fins

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