Autoridades de Brazzaville pedem adesão à OPEP
A República do Congo solicitou a adesão à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para figurar entre “os líderes mundiais, levando propostas às negociações internacionais”, revela uma declaração da Presidência daquele país divulgada sexta-feira, em Brazzaville.
Apoiada nos esforços da Arábia Saudita, cujo ministro dos Negócios Estrangeiros visitou Brazzaville a 8 de Janeiro, a adesão do Congo à OPEP permite ao país “ocupar o seu lugar na definição de políticas e tomada de decisões no seio desta organização”, afirma o documento da Presidência da República do Congo.
Se a candidatura for aceite pelos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, o Congo é o sétimo país africano a juntar-se ao cartel depois de Angola, Argélia, Líbia, Nigéria, Gabão, que aderiu em 2016, e Guiné Equatorial, em 2017.
O país já pertence, entretanto, à Organização dos Países Produtores de África (APPO). Atingida pela queda do preço do petróleo no mercado internacional, a economia congolesa entrou em recessão em 2016, com uma queda do Produto Interno Bruto de 2,8 por cento, de acordo com o Banco de França, enquanto o défice público aumentou para quase 20,5 por cento do PIB.
O FMI realizou uma missão à República do Congo de 5 a 20 de Dezembro, condicionando um possível programa de apoio financeiro a “reformas firmes e imediatas na gestão”. Estimada em 296 mil barris por dia (bpd) em 2016, a produção de petróleo do Congo aumentou para 345 mil bpd em 2017, com o arranque do projecto "Moho North", indicam dados da Agência de Informação Energética dos Estados Unidos.
O Banco de França obser va que a produção de petróleo entrou em declínio em vários campos nos últimos anos, levando, até, à retirada da Total do campo "PointeNoire Grands Fonds" em Junho de 2016, devido à falta de rentabilidade.