Medidas para mitigação do fenómeno
O chefe dos serviços de migração, Lourenço Cabral, considerou o município bastante complexo em termos de fronteiras, sobretudo a fluvial e marítima, cuja realidade facilita a entrada de imigrantes ilegais, por contar com diversos canais no traçado do rio Zaire.
Apesar desta realidade da região, fez saber que a instituição que dirige e outros órgãos ligados ao combate à imigração ilegal, não vão dar tréguas aos infractores, com vista a mitigar o fenómeno e manter seguras as fronteiras.
“O Soyo tem características próprias, é um município “sui-generis” com uma vasta extensão fronteiriça, sobretudo fluvial e marítima, pelo que não é estranho para nós que se assista a entrada ilegal de imigrantes em pontos não controlados, mas o S.M.E e outros órgãos que concorrem para o combate ao fenómeno estão capacitados para cumprir com a sua missão”, garantiu.
A vulnerabilidade da fronteira, como assegurou, levou a Delegação do Ministério do Interior do Zaire, em cooperação com as Forças Armadas Angolanas (FAA) , a realizar uma operação para combater o crime contra o ambiente e a imigração ilegal.
“A vulnerabilidade da nossa fronteira levou o S.M.E, em colaboração com as FAA e a delegação do Ministério do Interior na província, a tomada de medidas de combate ao fenómeno de imigração ilegal e da devastação das florestas”, avançou.
De acordo com Lourenço Cabral, à luz da lei angolana, os cidadãos nacionais abrangidos na operação, para além de serem responsabilizados pela devastação das zonas florestais, vão responder também pelo crime de auxílio e promoção de imigração ilegal.
“Estamos a levar a cabo, desde o ano passado, uma campanha de sensibilização para informamos que a promoção e auxílio à imigração ilegal é crime. Por isso, estamos a estender a operação não só para os que fabricam carvão como também para os transportadores, daí que interceptamos autocarros, viaturas particulares que fazem a transportação de estrangeiros do Soyo para Luanda e não só. A responsabilidade é sempre do condutor, pois aquele que transporta estrangeiros ilegais deve ser responsabilizado”, concluiu.