JGM do Huambo acusa Governo local de prejudicar o futebol
João Calão “Joca”, director provincial da Juventude e Desportos, disse ao Jornal de Angola que o organismo que dirige está sem dinheiro para apoiar os clubes em competições nacionais e oficiais
O presidente do Clube Desportivo JGM, Jorge Gomes Magrinha, acusou o Governo Provincial do Huambo, de estar a matar o desenvolvimento do futebol na província e de nada fazer para persuadir o Ferrovia a ceder o campo dos Kuricutelas, propriedade daquele clube, para que a sua equipa dispute os seus jogos, na condição de visitada, durante a edição 2018 do Campeonato Nacional de futebol da I divisão, vulgo Girabola.
Em declarações à Radio Mais, Jorge Magrinha foi incisivo nas suas palavras, ao afirmar que irá retirar a equipa da cidade do Huambo e colocá-la a disputar os jogos - quando na qualidade de anfitriã - na cidade do Kuito, porque naquela circunscrição administrativa do Bié encontrou o apoio que precisa e que não sente da parte das autoridades da província do Huambo.
“Vamos tirar a nossa equipa do Huambo, por não temos qualquer apoio para realizar os nossos jogos na nossa cidade e vamos passar a jogar na cidade do Kuito. Tudo porque o nosso parceiro, Ferrovia, fechou-nos as portas, devido à dívida de 585 mil kwanzas. O Governo não toma a situação a peito, na pressão que deve fazer ao Ferrovia, porque aquele recinto é público. moral de dar a mão ao desporto, que tem o futebol como o seu principal baluarte.
“Apesar da boa vontade demonstrada, o Governo Provincial e o senhor governador, em particular, esquecem-se que o futebol e o desporto concorrem para o sucesso da governação, mas não sentimos da sua parte qualquer vontade em apoiar o futebol. Achando nós ser o campo do Ferrovia pertença de uma entidade pública, o Governo deveria persuadir a direcção daquele clube a permitir a realização dos nossos jogos no campo dos Kuricutelas, proporcionando à nossa massa associativa e aos adeptos do futebol a possibilidade de nos apoiar com o seu carinho”, disse.
O presidente do JGM disse ainda que o clube necessita de 221 milhões de Kwanzas para disputar o Girabola 2018 sem sobressalto e que pretende, no final da prova, estar entre os oitos primeiros lugares.
Reacção
O Governo Provincial do Huambo, por intermédio do director provincial da Juventude e Desporto, João Calão “Joca” Figueiredo, considerou as de infundadas e irresponsáveis, vinda de alguém que pretende incendiar o clima de acalmia que se vive no desporto do planalto central.
Joca Figueiredo disse, ao Jornal de Angola, que o Governo Provincial, das rubricas que dispõe no seu orçamento, não possui nenhuma direcionada ao apoio aos clubes que disputam provas nacionais, sejam elas de que âmbito forem.
“Vamos tirar a nossa equipa do Huambo, por não temos qualquer apoio para realizar os nossos jogos na nossa cidade e vamos passar a jogar na cidade do Kuito”