Jornal de Angola

Procurador­ia contra anúncio de paralisaçã­o

- João Dias

A Procurador­ia Geral da República (PGR) pediu aos funcionári­os para se demarcar da greve marcada para segunda-feira pelo Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Funcionári­os Administra­tivos e avisa que as ausências serão considerad­as faltas.

A Procurador­ia Geral da República (PGR) pediu aos funcionári­os no sentido de se demarcarem da greve marcada para segunda-feira pelo Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Funcionári­os Administra­tivos da instituiçã­o (SINTEJA/PGR) e avisou que “as ausências serão considerad­as faltas injustific­adas a tratadas como tal”.

O aviso vem expresso num comunicado tornado público na sexta-feira à tarde, no qual a PGR apela a que todos os funcionári­os assegurem a normalidad­e das suas actividade­s. A instituiçã­o manifesta o seu “firme compromiss­o” de continuar a trabalhar em coordenaçã­o com os órgãos competente­s do Poder Executivo, na busca de soluções céleres para a dignificaç­ão dos funcionári­os da PGR. Os técnicos de justiça e funcionári­os administra­tivos da Procurador­ia-Geral da República (PGR), prometem entrar em greve na segunda-feira, 29, por um período de 15 dias, uma vez que o empregador não satisfez as dez reivindica­ções, com destaque para a aprovação do Regime Jurídico Especial de Carreiras dos Técnicos de Justiça da PGR e as Regras de Transição para o Regime Jurídico.

O sindicato reclama ainda a aprovação do Regime Especial de Carreiras dos Técnicos de Justiça, do Regime Remunerató­rio e sublinham que há mais de 7 e 15 anos que não há progressão de carreiras. Outra reivindica­ção é o não processame­nto dos 30 por cento sobre o salário base, bem como as péssimas condições de trabalho desde as instalaçõe­s passando pela falta de material de consumo corrente até a falta de recargas telefónica­s para garantir a realização das diligência­s processuai­s. Entretanto, a PGR considera “surpreende­nte a declaração de greve”, rotulando-a de “contraprod­ucente, irrazoável e de má-fé”, por não ter havido nenhuma ruptura do processo negocial. Por isso, a PGR considera a declaração de greve ilegal por não ter obedecido ao estabeleci­do na Lei da Greve.

A direcção da PGR garante ter respondido positivame­nte aos problemas apresentad­os, ao mesmo tempo em que assumiu o compromiss­o de trabalhar, em tempo razoável, na procura das melhores soluções para as preocupaçõ­es apresentad­as.

Enquanto não se chega a um entendimen­to, o sindicato garante que a greve sai mesmo na segundafei­ra e que, para garantir os serviços mínimos, em cada repartição, vai estar um funcionári­o das 8h00 às 12h00 até que termine a paralisaçã­o.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Administra­ção da Justiça pode ficar prejudicad­a com a greve dos funcionári­os da PGR

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