Angola no Conselho de Paz
Presidente da República, João Lourenço, chega hoje a Addis Abeba e é um dos líderes que vai focalizar a atenção da imprensa, não só pela influência do país no continente, mas sobretudo pelas reformas que o estadista está a efectuar no país
Angola foi eleita membro do Conselho de Paz e Segurança na União Africana, devendo o novo mandato iniciar-se a 1 de Abril de 2018. É a terceira vez que Angola faz parte deste importante órgão da União Africana, depois da eleição em 2007 e 2010.João Lourenço é um dos líderes presentes na Cimeira da União Africana que começa amanhã em Addis-Abeba. O Presidente angolano será o segundo Chefe de Estado a usar da palavra durante a cimeira, depois de Paul Kagame, que preside à União Africana. À margem da Cimeira, estão previstos encontros de líderes de grupos africanos de que Angola faz parte, como a SADC e a Região dos Grandes Lagos. O ministro das Relações Exteriores teve ontem várias audiências.
Angola foi eleita membro do Conselho de Paz e Segurança na União Africana, durante a reunião do Conselho Executivo, que ontem terminou. É a terceira vez que Angola faz parte deste importante órgão da União Africana, depois da eleição em 2007 e 2010, devendo o novo mandato se iniciar a 1 de Abril de 2018.
A candidatura angolana foi apresentada pela região da África Austral, assim como a do Zimbabwe, que também foi eleito para o Conselho de Paz. Segundo o ministro das Relações Exteriores, durante o seu mandato de dois anos, Angola vai partilhar a sua experiência, particularmente no que diz respeito à resolução dos conflitos, privilegiando a prevenção.
É a primeira vez que João Lourenço participa numa reunião de cúpula em Addis-Abeba, desde a sua eleição no cargo de Presidente da República, em Agosto do ano passado
Manuel Augusto lamentou que a África continue a ter na sua agenda questões de paz e de segurança quando devia virar toda a sua atenção para o desenvolvimento. “Todo o mundo está a discutir economia, desenvolvimento e novas tecnologias, e a África ainda está a discutir como calar as armas em algumas regiões. Temos que mudar este quadro, e o Conselho de Paz e Segurança é um instrumento que a União Africana tem para que, o mais brevemente possível, possamos ter um continente livre de conflitos”, disse o ministro.
Em relação à eleição de Marrocos para o Conselho de Paz e Segurança, Manuel Augusto tem uma perspectiva positiva e acredita que aquele país “pode dar a sua contribuição nos órgãos da União”.
Marrocos continua a ter uma postura conflituosa com o Sahara Ocidental e o ministro das Relações Exteriores diz que é preciso destrinçar as coisas. Independentemente das relações diplomáticas com o Marrocos, Angola tem uma posição de princípios e sempre defendeu a independência do Sahara. “Somos daqueles que defendemos que deve ser o povo saharaui a decidir o seu destino", defendeu o chefe da diplomacia angolana.
A cimeira de Chefes de Estado tem como tema “Vencer a Luta Contra a Corrupção: Um Caminho Sustentável para a Transformação de África”. O tema será lançado pelo Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, e uma decisão final será adoptada na Cimeira de Junho. Além de questões de segurança, a Cimeira vai analisar, também, o Compromisso sobre o Mercado Único Africano de Transportes Aéreos e a implementação da Agenda 2063.
A delegação angolana é integrada pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, pelo secretário de Estado das Relações Exteriores, Teté António, pelo embaixador de Angola na Etiópia, Arcanjo Nascimento, além dos embaixadores Joaquim do Espírito Santo, Margarida Izata, Oliveira Encoge e Sandro de Oliveira.
Ontem, o ministro das Relações Exteriores manteve conversações em separado com o seu homólogo etíope, Workhen Gebeyehu, e com Koen Vervacke, directorgeral do Serviço Europeu de Acção Externa.
Presidente na Etiópia O Presidente da República, João Lourenço, chega hoje a Addis-Abeba (Etiópia), para participar na 30.ª Cimeira da União Africana que começa amanhã, nesta cidade. É a primeira vez que João Lourenço participa numa reunião de cúpula em Addis-Abeba, desde a sua eleição no cargo de Presidente da República, em Agosto do ano passado. João Lourenço é um dos líderes africanos que vai focalizar a atenção da imprensa, em Addis-Abeba, não só pela influência do país na União Africana, mas sobretudo pelas reformas que o Presidente está a efectuar em Angola.
Tanto quanto se sabe, o Presidente angolano será o segundo Chefe de Estado a usar da palavra durante a cimeira, depois de Paul Kagame, que preside à União Africana. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, o Presidente da República tem uma agenda carregada em AddisAbeba, que inclui encontros bilaterais e multilaterais.
À margem da Cimeira, estão previstos encontros de líderes de grupos africanos de que Angola faz parte, como a SADC e a Região dos Grandes Lagos.