Forças Armadas com meios operacionais
As Forças Armadas e de Segurança da Mauritânia foram dotadas de meios adequados para preservar a segurança e erradicar todas as formas de ameaças, declarou ontem em Nouakchott o primeiro-ministro mauritano, Yahya Ould Hademine.
“As forças tornaram-se operacionais com capacidade de intervenção reforçadas, através do recrutamento de novos efectivos e da aquisição de materiais", indicou Ould Hademine quando apresentava o balanço da sua governação no sector da segurança pública na Assembleia Nacional.
No quadro da Declaração de Política Geral (DPG), apresentada de acordo com o artigo 73 da Constituição, o primeiro-ministro mauritano afirmou que o desafio da segurança foi ultrapassado com uma abordagem rigorosa e responsável, tendo em conta diferentes causas da insegurança e das suas dimensões nacionais e transfronteiriças.
Ould Hademine também mencionou o reforço da segurança transfronteiriça com a abertura de 14 novos postos equipados com meios necessários e ligados ao sistema biométrico nacional. Explicou que o Governo está a trabalhar com os fundamentos de alta segurança do Estado. O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, anunciou ontem que vai nomear um novo primeiro-ministro, e justificou a sua decisão com a falta de consenso entre os partidos, como estava previsto no acordo com supervisão da comunidade internacional.
“Vou indicar o nome do primeiro-ministro e peço aos guineenses que me acompanhem”, disse o Chefe de Estado, em declarações no aeroporto de Bissau, vindo da Etiópia, onde participou em reuniões da comunidade de países da África Ocidental e da União Africana.
O Presidente guineeense disse que o novo primeiroministro tem como "única tarefa" preparar as próximas eleições legislativas, previstas para este ano, mas que ainda não têm data marcada.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) patrocinou o Acordo de Conacri, que previa a nomeação de um primeiro-ministro de consenso para resolver a crise política no país.
José Mário Vaz disse que não há entendimento entre os actores políticos sobre a figura a ser nomeada primeiro-ministro, no âmbito do Acordo de Conacri, pelo que, disse, como Chefe de Estado se vê na obrigação de indicar um nome.
O Presidente alegou que a própria CEDEAO concordou que não existe consenso e pediu aos guineenses que o acompanhem na nomeação que irá fazer.
“Quero pedir aos guineenses que evoluamos”, afirmou José Mário Vaz, ao ser questionado sobre se tenciona propor ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das últimas eleições legislativas, que indique um nome para primeiroministro.
O dirigente do PAIGC Augusto Olivais era apontando como futuro primeiro-ministro no âmbito do Acordo de Conacri. O Chefe de Estado exortou ainda os jornalistas “a reduzirem a pressão sobre o país”, referindo que sem eleições “vai ser complicado demais” para a Guiné-Bissau.
José Mário Vaz diz que que não há entendimento entre os actores políticos sobre a figura do primeiro-ministro, no âmbito do Acordo de Conacri, pelo que se vê na obrigação de indicar um nome
José Mário Vaz disse também que transmitiu aos seus pares na reunião da CEDEAO que não existem motivos para impor sanções a nenhum líder político guineense, como a organização ameaça fazer, mas advertiu que a organização promete castigar quem dificultar o entendimento político no país.
O anterior primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, anunciou a sua demissão a 12 de Janeiro e, cinco dias depois, justificou em conferência de imprensa que decidiu "sair para deixar o Presidente confortável" à luz dos compromissos internacionais. O próximo primeiro-ministro é o sexto desde as eleições legislativas de 2012.