Intensa actividade política desenvolvida em solo belga
fugiu à justiça espanhola e chegou à Bélgica a 30 de Outubro, juntamente com quatro conselheiros, depois de o Governo espanhol os ter destituído, ao abrigo do artigo 155 da Constituição de Espanha.
Daí para cá, ele tem aproveitado o tempo para desenvolver uma intensa actividade política a favor da independência da Catalunha, beneficiando do facto da Bélgica ter um estatuto que lhe permite não cumprir determinado tipo de mandatos de captura.
Aproveitando a sua permanência na Bélgica, o líder catalão não tem tido mãos a medir para responder aos convites que lhe são feitos por numerosos partidos e organizações locais. Há duas semanas viajou para a Dinamarca, outro país onde as extradições são processos demorados e que não obrigam a detenções provisórias, tendo na altura sido confrontado com críticas muito contundentes por parte da imprensa local que o acusa de “terrorismo político”.
Inicialmente, Puigdemont tinha previsto participar hoje na Universidade de Lovaina, na convenção do partido soberanista flamengo NVA, com o objectivo de explicar como romper com a hegemonia socialista, nos órgãos de poder. Seria nessa ocasião que ele pensava poder participar no debate e tomar posse, via teleconferência, como presidente do Governo da Catalunha, uma pretensão agora chumbada pelo Tribunal Constitucional.
Em Novembro do ano passado, o Parlamento regional da Flandres rejeitou uma moção apresentada pelo partido de ultradireita flamengo Vlaams Belang, destinada a reconhecer a independência da Catalunha, em que foi apoiado apenas pelo NVA, grupo minoritário da câmara regional belga.