Ensino primário tem poucas escolas
O reduzido número de professores e de salas de aula nas escolas do município da Cacula, na Huíla, vai deixar este ano lectivo mais de 3.250 crianças fora do sistema de ensino, revelou ontem a administradora municipal.
Cármen Duarte disse que a falta de professores é preocupante, numa altura em que o sector da Educação no município precisa de 1.450 educadores para superar a carência actual.
A administradora afirmou que a falta de escolas em algumas localidades é contornada com as salas de aula improvisadas, construídas pelas comunidades com material local, como pau a pique, adobe e outras por baixo das árvores.
“A falta de salas de aula obriga à superlotação das existentes. O número de alunos por turma passa dos 35 estabelecidos”, referiu Cármen Duarte.
Segundo a administradora, o programa de merenda escolar no município da Cacula está interrompido há mais de dois anos, porque os valores cabimentados nos últimos anos não foram disponibilizados para o município.
A administradora disse ainda que a merenda estimula a assiduidade das crianças nas escolas, mas “não existem casos de desistências por falta de farnel nas unidades de ensino, porque os pais são mobilizados a darem lanche aos educandos”.