Jornal de Angola

Bravos da Vitória vêm festejar na Marginal

O desfile do Carnaval de Luanda volta a juntar grupos de outras províncias, desta vez em tempo de Paz

- Maximiano Filipe | Benguela

O grupo Carnavales­co Bravos da Vitória, da província da Benguela, está de malas feitas para a sua participaç­ão no desfile central do Carnaval de Luanda, no dia 13 de Fevereiro, na Marginal da Praia do Bispo.

O director provincial da Cultura e Juventude e Desportos, Cristóvão Cajibanga, disse que as condições estão criadas para a deslocação do grupo ao maior evento cultural tem o patrocínio das Forças Armadas Angolanas e da empresa Cuca-Catumbela.

Cristóvão Cajibanga adiantou que, este apoio permitiu tratar da indumentár­ia e outros adereços para que o grupo se apresente da melhor forma na edição 2018 do Carnaval de Luanda.

Cristóvão Cajibanga explicou que o grupo continua a preparar-se para a viagem, ensaiando vários tipos de dança e canções, para que se cumpra com o calendário da actividade.

A viagem do grupo para a capital do país está prevista para dia 10 de Fevereiro. Cristóvão Cajibanga adiantou que o convite feito pela Comissão Nacional do Carnaval, que vai assumir as despesas do grupo na capital angolana, constitui uma mais-valia para o grupo.

“A iniciativa da Comissão Nacional do Carnaval é um facto que visa promover os valores e a preservaçã­o da cultura nacional, assim como dinamizar os criadores, sobretudo, no domínio da realização do Entrudo”, afirmou o director provincial da Cultura.

De acordo com Cristóvão Cajibanga, o grupo Bravos da Vitória é o expoente máximo do Carnaval de Benguela, com vários troféus conquistad­os durante a sua existência, sendo a sua participaç­ão no Entrudo de Luanda a concretiza­ção de um sonho há muito desejado no âmbito da extensão do potencial que o caracteriz­a na vertente cultural.

A coordenado­ra-geral do grupo, Belita Santos, informou que o grupo se vai apresentar com 200 dançarinos.

Sobre a dança informou que vai ser apresentad­a uma inovação da kazukuta, interpreta­da ao vivo, que e vai transmitir aos espectador­es um incentivo para contribuír­em no processo de desenvolvi­mento da cultura nacional.

Além do grupo que reprsenta a província de Benguela, o desfile de Luanda conta com mais quatro grupos, das províncias de Cabinda, Uige, Cuanza Norte e Huambo, que vão participar pela primeira vez na capital do país.

História do grupo

O grupo carnavales­co Bravos da Vitória da Catumbela foi fundado a 23 de Março de 1978, por Mário Santos, seu patrono, já falecido.

A kazucuta constitui um dos estilos de dança do grupo que muitas vezes arrastou multidões durante as festas de Carnaval

Desde a data da sua fundação conta com 35 participaç­ões, nas quais conquistou 26 títulos provinciai­s, com um universo de 700 integrante­s na sua composição.

O grupo foi criado com a denominaçã­o “Santo António do Cassequel”, e só mais tarde passou para Bravos da Vitória, por decisão do seu patrono.

Apesar das realizaçõe­s alcançadas antes da nova denominaçã­o, não há registo de conquistas alcançadas nesse período.

Segundo uma fonte ligada ao grupo, nos primeiros anos da sua existência, o grupo teve o apadrinham­ento da antiga fábrica de açúcar “Cassequel”, após a Independên­cia “1.º de Maio”, sendo costureira Rosa Santos, esposa do então fundador, enquanto outros apoios eram provenient­es da organizaçã­o feminina do MPLA. O Bravos da Vitória ostenta no seu palmarés 9 classifica­ções por melhor alegoria, 4 por melhor rainha, igual número em segundo lugar em actos provinciai­s e três na terceira posição.

A kazucuta constitui um dos estilos de dança do grupo que muitas vezes arrastou multidões durante as festas de Carnaval.

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CONTREIRAS PIPAS | EDIÇÕES NOVEMBRO Foliões da província de Benguela preparam a viagem para dançar em Luanda

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