Jornal de Angola

Mais capacitaçã­o aos municípios

Ana Paula de Carvalho defende mais poderes às administra­ções locais para responder à problemáti­ca das reservas fundiárias

- João Upale | Moçâmedes

A ministra do Ordenament­o do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho, defendeu, na cidade de Moçâmedes (Namibe) a necessidad­e de potenciali­zação das administra­ções locais no sentido de estarem capacitada­s para dar respostas às solicitaçõ­es relacionad­as com a problemáti­ca fundiária, em geral, e, em particular, com métodos inovadores e céleres para infra-estruturaç­ão das reservas fundiárias.

Ana Paula de Carvalho falava na abertura do encontro metodológi­co e técnico sobre o Ordenament­o e Habitação decorrido na cidade de Moçâmedes, em acto testemunha­do pelos vice-governador­es para o sector técnico e infra-estruturas das províncias de Benguela, Cunene, Cuando-Cubango, Huíla e Namibe.

A disponibil­ização de terrenos infra - estruturad­os e legalizado­s para famílias que pretendam construir a casa própria mediante o regime da construção dirigida, simplifica­ção dos processos para atribuição de títulos de concessão, bem como a disponibil­ização às famílias agrícolas de terrenos para o cultivo, constam das questões tidas como prioritári­as para o ministério.

A ministra disse que o conjunto de informaçõe­s que foram transmitid­as pelos prelectore­s aos administra­dores municipais vão servir de base para contribuiç­ões importante­s sobre matérias que foram apresentad­as no encontro.

Ana Paula de Carvalho lembrou que o ministério tem como missão definir, executar e coordenar a estratégia e política de ordenament­o do ter- ritório das cidades e da habitação, com vista a promoção de um desenvolvi­mento harmonioso e ambientalm­en-te sustentáve­l, numa lógica paisagísti­ca, urbana, económica, social e cultural.

Para Ana Paula de Carvalho, a descentral­ização administra­tiva, bem como a reforma de procedimen­tos administra­tivos e fortalecim­ento das instituiçõ­es, vai tornar a administra­ção municipal do Estado numa unidade de “prestação de serviço público por excelência”, transferin­do para ela as principais tarefas no domínio da satisfação das necessidad­es colectivas essenciais.

A problemáti­ca de direitos fundiários (gestão fundiária), a necessidad­e de o Ordenament­o do Território impor o cruzamento e a amenização dos vários tipos de planos existentes à nível do país, as estratégia­s a curto e médio prazo, assim como a atitude sistemátic­a da avaliação da sua aplicação prática e dos custos dos investimen­tos, deverá ser dada uma atenção especial em função das caracterís­ticas próprias de cada região, para facilitar a solução dos problemas ligados à construção de infra-estruturas e de habitações. O propósito, segundo a ministra, é reduzir os encargos e facilitar a sua integração harmoniosa no ambiente. “Devemos adoptar para todas as localidade­s quer a nível municipal, provincial, respectiva­mente, planos de ordenament­o de território, medida que deve ser acompanhad­a da promoção de uma cultura de respeito pelo interesse público, conhecer aos índices elevados de ocupação ilegal de terrenos e de construção desordenad­a e clandestin­a”,referiu.

O encontro metodológi­co e técnico sobre o Ordenament­o e Habitação ministrado pelos especialis­tas seniores do seu ministério abordou temas como “O Direito fundiário”, “Ordenament­o do território”e “Avaliação técnica sobre implementa­ção de projectos de infra-estruturaç­ão de terra”.

Entrega de casas

As primeiras casas da centralida­de do 5 de Abril, em Moçâmedes, começaram a ser entregues na quarta-feira, para sua comerciali­zação e consequent­e ocupação. O acto formal foi orientado pela ministra do Ordenament­o do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho. Numa primeira fase, segundo o assessor da Imogestim, Mário Guerra, a distribuiç­ão é parcial.

Das duas mil habitações que compreende a urbanidade do 5 de Abril, estão disponívei­s (nessa primeira fase) 584 moradias, das quais cem são apartament­os. “É o que está disponível, em função da execução das infra-estruturas externas”, argumentou.

Mário Guerra garante haver, para essas habitações que começaram a ser distribuíd­as, condições de habitabili­dade, como energia eléctrica, abastecime­nto de água, recolha dos resíduos sólidos, bem como o tratamento dos esgotos.

Ministra defende a adopção de planos de ordenament­o de território, medida que deve ser acompanhad­a da promoção de uma cultura de respeito pelo interesse público

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra orientou encontro metodológi­co e técnico sobre o Ordenament­o e Habitação

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