Trump fala hoje sobre o “Estado da União”
As relações com a Rússia serão, certamente, um dos assuntos incontornáveis no discurso sobre o “Estado da União” que Donald Trump vai proferir esta madrugada no Congresso dos Estados Unidos.
Para sustentar aquela que tem sido a sua posição dominante desde o início do seu mandato, Trump centra a sua intervenção no tema “Uma América forte, segura e orgulhosa”, segundo uma nota emitida pela Casa Branca.
Há um ano Trump proferiu uma intervenção cautelosa e optimista, perante as duas câmaras, mas desta feita ele tem de ser mais objectivo e apresentar alguns resultados eventualmente obtidos.
De acordo com a Casa Branca, a intervenção de Donald Trump visa ainda o estabelecimento de consensos com os democratas de modo a criar condições objectivas para vencer os desafios do futuro.
No último ano a economia dos Estados Unidos cresceu 2,3 por cento e o desemprego fixou-se na taxa mais baixa dos últimos 17 anos, 4,1 por cento. Como ponto fraco, Trump apresenta a mais baixa taxa de popularidade de sempre, 36 por cento de acordo com uma sondagem Gallup, muito por culpa das investigações sobre alegados contactos da sua equipa de campanha eleitoral com personalidades russas.
Uma informação divulgada esta semana de que Trump tentou demitir o procurador especial encarregado da investigação, é outro dos factores que ajuda a perceber a reduzida popularidade de que goza junto dos norte-americanos, o que contrasta com a realidade dos números que espelham o resultado deste primeiro ano da sua governação.
Também não ajuda Trump o facto do subdirector do FBI, Andrew McCabe, que o Presidente dos Estados Unidos repetidamente acusou de o estar a perseguir, acabar de apresentar a sua demissão.
McCabe estava à frente de uma equipa que coordenava as investigações sobre as relações que os russos teriam eventualmente mantido com a equipa da campanha eleitoral do actual Presidente dos Estados Unidos.
Mas, Donald Trump sabe que para levar por diante o seu projecto de construir uma América cada vez maior precisa do apoio dos democratas, por isso ele tem de piscar o olho à oposição de modo a que possam ser construídas as infraestruturas públicas de que o país necessita para se modernizar e responder às exigências do crescimento.
Segundo o "Washington Post", Trump deve apresentar um plano para investir 200 mil milhões de dólares, esperando gerar investimentos de um bilião em estradas, pontes e outras obras públicas.