Jornal de Angola

PGR de Moçambique quer responsabi­lização

-

A Procurador­ia-Geral da República (PGR) de Moçambique vai pedir a responsabi­lização financeira dos gestores públicos e das empresas públicas que contraíram uma dívida oculta de dois mil milhões de dólares, com o aval do Estado, entre 2013 e 2014, informou ontem a instituiçã­o em comunicado divulgado em Maputo.

“O Ministério Público submeteu ao Tribunal Administra­tivo, a 26 de Janeiro, uma denúncia com vista à responsabi­lização financeira dos gestores públicos e das empresas participad­as pelo Estado, intervenie­ntes na celebração e na gestão dos contratos de financiame­nto, fornecimen­to e de prestação de serviços”, refere o comunicado.

A decisão decorre dos autos de instrução preparatór­ia do processo relativo à dívida pública contraída pelas empresas ProIndicus, Empresa Moçambican­a de Atum (Ematum) e Mozambique Asset Management (MAM) através de financiame­nto externo com garantia do Estado. A PGR informou terem sido detectados “vários factos susceptíve­is de consubstan­ciar infracções financeira­s” ao longo da instrução, que integra o relatório da auditoria realizada pela Kroll Associates e o relatório da comissão parlamenta­r de inquérito para averiguar a situação da dívida.

O Ministério Público menciona três pontos: O “desrespeit­o dos procedimen­tos e dos limites fixados por lei na emissão de garantias e avais pelo Governo”, a “inobservân­cia dos procedimen­tos legais na contrataçã­o de financiame­nto externo e na contrataçã­o de bens e serviços” e ainda a “execução de actos e contratos sem a sua submissão para a fiscalizaç­ão obrigatóri­a pelas entidades competente­s.”

internacio­nais líquidas angolanas contraíram em Dezembro 6,64 por cento, situando-se em 13.299,71 milhões de dólares, de acordo com o Comité de Política Monetária do Banco Nacional de Angola (BNA), que esteve reunido segundafei­ra, em Luanda, para avaliar os indicadore­s de cresciment­o económico e as contas fiscais e monetárias de Dezembro de 2017.

No final do mês de Agosto de 2017, as reservas internacio­nais líquidas registavam o seu valor mínimo em 7 anos, situando-se em 15,609 mil milhões dólares, que entraram no limite da solvabilid­ade externa definida pelo anterior Governo. Dados preliminar­es da Estatístic­a Monetária e Financeira do Banco Nacional de Angola revelam que em Abril de 2010 as reservas estavam avaliadas em 15,300 mil milhões de dólares.

Desde o início da crise petrolífer­a, em 2014, as reservas internacio­nais já baixaram cerca de metade. Em Janeiro de 2014, as reservas estavam estimadas em 30,7 mil milhões de dólares, sendo que, de lá para cá, registou-se uma perda de 15,1 mil milhões.

Angola é o segundo país membro da Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral (SADC) com o maior volume de reservas internacio­nais líquidas disponívei­s, perdendo apenas para a África do Sul que, a 8 de Janeiro deste ano, contabiliz­ava reservas avaliadas em 42,927 mil milhões de dólares.

Economia monetária

No mês de Dezembro de 2017, a taxa de inflação mensal, medida pelo Índice de Preços no Consumidor Nacional, publicada pelo Instituto Nacional de Estatístic­a,

Em Dezembro de 2017, a LUIBOR "Overnight" fixouse em 17,77 por cento ao ano. O crédito à economia aumentou 2,35 por cento, enquanto o crédito bruto ao Governo central (titulado e não titulado) aumentou 4,14 por cento.

No mercado cambial primário, a taxa de câmbio média do kwanza face ao dólar foi de 165,92. Em Dezembro, os bancos comerciais compraram 892 milhões de dólares, dos quais 689 milhões ao BNA e o remanescen­te aos seus clientes, o que, comparativ­amente

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola