Lançadas brigadas para manutenção de estradas
O projecto consiste em colocar 20 funcionários em cada base para assegurar a manutenção num percurso de 25 quilómetros
O Fundo Rodoviário Angolano inaugurou ontem, em Catete, no município de Icolo e Bengo, província de Luanda, a primeira base de brigadas de conservação de estradas, de um total de 500 unidades para assegurar a manutenção das vias.
Com este número de brigadas ficam assegurados cerca de oito mil postos de trabalho directos, para garantir a manutenção dos mais de 13 mil quilómetros de estradas já recuperadas.
O projecto consiste em colocar 20 funcionários em cada base, 16 dos quais são trabalhadores de campo que vão garantir a conservação de um determinado percurso de 25 quilómetros.
As bases funcionam como estaleiros, onde os brigadistas se reúnem e armazenam os meios de trabalho. As estruturas contam com um armazém para a conservação dos meios de trabalho e ferramentas diversas, uma casa de banho, um gabinete para o chefe da brigada e uma casa de baterias.
“Para além da conservação de estradas, o projecto tem um longo alcance social. Ao fazermos a manutenção de 13 mil quilómetros de estradas no país vamos precisar de quinhentas brigadas com mais de oito mil trabalhadores”, disse o administrador para área Técnica do Fundo Rodoviário Angolano.
Simeão Tomé, que procedeu ao corte da fita, afirmou que os trabalhos de conservação consistem na limpeza das bermas e das valas de drenagem das águas pluviais e residuais, na remoção de obstáculos nas vias e realização de serviços de tapa buracos.
“Em cada troço precisamos ter as bermas devidamente capinadas e limpeza às valas de drenagem para permitir que as águas sigam o seu curso, evitando as erosões que permitem o surgimento de ravinas e colocam em causa a segurança rodoviária”, disse Simeão Tomé, sublinhando que o desafio visa melhorar as acções de conservação das estradas construídas ou reabilitadas nos últimos anos.
Simeão Tomé explicou que a construção das bases e a gestão das equipas que compõem as brigadas de conservação de estradas são feitas por empresas locais, e vão necessitar de cinco milhões de kwanzas mês, para a manutenção de 25 quilómetros de estrada.
Com cerca de 100 quilómetros, o troço que liga Muxima, Catete e Maria Teresa conta com três bases construídas. Segundo o administrador para a área Técnica do Fundo Rodoviário, naquela via, cada grupo de 16 brigadistas realiza trabalhos de manutenção em apenas 25 quilómetros do percurso.
“As brigadas só intervêm nos troços onde não decorrem obras de reabilitação. Portanto, ali onde já fizemos trabalhos de melhorias de pavimento colocamos brigadas a funcionar”, acrescentou o administrador.
Simeão Tomé disse que nos próximos dias outras bases de brigadas de conservação de estradas entram em funcionamento no troço rodoviário Cabolombo/Barra do Cuanza/Cabo Ledo, para depois ser “atacado” o eixo rodoviário Luanda - Caxito.
O administrador para área Técnica do Fundo Rodoviário Angolano referiu que as vias a serem intervencionadas têm condições razoáveis de trafegabilidade e não carecem de obras de manutenção imediata.
“Nas estradas que apresentam elevados níveis de degradação, primeiro vamos realizar obras de reabilitação e em seguida colocar as brigadas”, concluiu.
O Fundo Rodoviário Angolano foi criado em 2016 com o objectivo de agregar os recursos financeiros destinados à conservação das estradas do país.
A estrutura orgânica e o modo de funcionamento do Fundo Rodoviário são estabelecidos pelo Decreto Presidencial n.º 189 de 5 de Outubro de 2015.
O diploma refere que o Fundo Rodoviário tem por atribuições agregar os recursos financeiros destinados à conservação e manutenção da rede de estradas do país, nomeadamente através da cobertura de despesas de conservação das estradas da rede nacional, com base numa gestão adequada e transparente subordinada à política macroeconómica definida pelo Executivo. Analisar e aprovar o Programa Anual de Conservação e Manutenção de Estadas de Angola, e os submetidos pelo Instituto de Estradas de Angola, são outras atribuições do Fundo Rodoviário.
O projecto consiste em colocar 20 funcionários em cada base, 16 dos quais são trabalhadores de campo que vão garantir a conservação de 25 quilómetros