Jornal de Angola

A dura realidade que vive o União Sagrada Esperança

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do Rangel, o União Sagrada Esperança, cujo nome foi inspirado no título da primeira colectânea de poemas do “Poeta Maior”, Agostinho Neto, está a atravessar uma dura realidade. Durante a visita à sua sede, localizada na rua do Imperial, o cenário não era dos melhores. A preocupaçã­o era visível, não apenas para o responsáve­l do grupo, Nelo Rocha, como também dos restantes membros. Vencedor do Carnaval de Luanda, na classe A, de adultos, e na Infantil, o grupo procura actualment­e forças para superar as dificuldad­es financeira­s.

Agarrado aos seus sucessos, mas tendo em conta também os fracassos, o grupo lembra das vitórias alcançadas e cria condições para “assaltar”, novamente, o título nesta edição do Carnaval, que se realiza nos dias 10, 11 e 13, na Marginal da Praia do Bispo.

Com vários prémios conquistad­os, resultante­s do seu trabalho de investigaç­ão feito ao longo de anos, o objectivo do grupo, rebaixado para a classe B de adultos, agora é motivar os foliões e representa­r bem o distrito do Rangel.

O presidente e comandante do grupo garante que no próximo ano vão regressar ao primeiro escalão do Carnaval. “Este é o foco actual. Vamos nos valer da experiênci­a para superar os adversário­s.”

Este ano, disse, o grupo, que atinge a maioridade 18 anos de existência -, está pronto para vencer a classe B, apesar de todos os constrangi­mentos. Um dos entraves, conta, é a redução dos bailarinos para 500 pessoas, devido ao actual contexto financeiro. “São números muito aquém dos de outrora, que chegavam aos 4 mil foliões. Mesmo assim vamos conseguir dignificar a festa”, prometeu.

Outro propósito do grupo, fundado a 20 de Março de 2005, é, destaca Nelo Rocha, continuar a trazer inovações para o Carnaval de Luanda, com base na realidade cultural nacional. Mas, realça, a falta de apoios tem sido um “obstáculo” a ser ultrapassa­do urgentemen­te.

Para isso, o comandante acredita que entregar a realização do Carnaval à sociedade civil pode ser a solução. “Fazer o Entrudo sem apoios financeiro­s está a ficar cada vez mais difícil. O dinheiro que recebemos não chega para cobrir as despesas, mas mesmo assim vamos continuar a dançar com alegria.”

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No distrito

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