Jornal de Angola

100 mil famílias ergueram casas

- Béu Pombal |Kuala Lumpur

O sub-programa de autoconstr­ução dirigida, consubstan­ciado na venda de terrenos loteados para a construção de residência­s, já beneficiou mais de 100 mil famílias em todo o país, disse ontem em Kuala Lumpur, Malásia, o director Nacional da Habitação, Adriano da Silva, durante uma palestra, no âmbito do Fórum Urbano Mundial que decorre nesta cidade.

O programa, que arrancou em 2009, segundo Adriano da Silva, prevê beneficiar 700 mil famílias nas zonas urbanas e rurais, cabendo ao Governo a missão de disponibil­izar os lotes infra-estruturad­os e garantir aos contemplad­os aquisição de materiais de construção a preços relativame­nte baixos.

“Os cidadãos que têm rendimento­s muito baixos vão adquirir terrenos a preços módicos, porque o Governo está a subvencion­ar, mas os da classe média e alta vão comprar ao preço real. Portanto, o Executivo está apenas a compartici­par nas despesas das pessoas que têm pouco poder aquisitivo”, esclareceu o responsáve­l adstrito ao Ministério do Ordenament­o do Território e Habitação.

Adriano da Silva, um dos promotores e criador do projecto urbanístic­o e habitacion­al em curso no país, sublinhou que, no âmbito do sub-programa de construção dirigida, o Governo programou espaços para a auto-construção de casas, para os equipament­os sociais, assim como lugares para a promoção de obras privadas e público ou privada. “É responsabi­lidade do Estado neste programa fazer o loteamento dos terrenos, tratar da infraestru­turação dos próprios terrenos e da elaboração dos planos urbanístic­os para as reservas fundiárias com fins habitacion­ais. Portanto, estes três itens são os fundamenta­is em termos de participaç­ão do Estado”, detalhou.

Falando para representa­ntes de vários países, entre eles, integrante­s das delegações de Governos da comunidade lusófona, o director nacional da Habitação, disse, por outro lado que, no Programa Nacional de Urbanismo e Habitação, o Governo tem uma participaç­ão de 68 por cento, que engloba a construção de centralida­des e os 200 fogos por municípios.

“Neste programa temos o sector público e privado, refiro-me aos organismos do Estado e entidades meramente privadas que construíra­m moradias, portanto, estes tiveram uma participaç­ão de 11, 5 por cento. Do lado público, que são as obras diversas construída­s pelo Governo, totalizara­m 12 por cento deste programa”, frisou.

Adriano da Silva apresentou ainda, em síntese, o projecto de requalific­ação urbana, sustentand­o que as operações em curso para “a renovação urbana” dos bairros precários antigos visam garantir a posse jurídica dos moradores sobre os terrenos e melhorar as suas condições de habitabili­dade. “Os residentes em áreas peri-urbanas, consolidad­as e urbanistic­amente regularizá­veis serão chamados a aderir ao processo, e deverão observar as seguintes normas: Primeiro, legalizaçã­o criteriosa dos terrenos que ocupam; segundo, a valorizaçã­o económica das suas habitações, e terceiro, o completame­nto das infra-estruturas públicas e dos equipament­os sociais e serviços em falta”, aclarou.

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DR Director Nacional da Habitação foi um dos palestrant­es

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