Jornal de Angola

Nações Unidas garantem apoio aos programas do Executivo

- Béu Pombal | Kuala Lumpur

Alguns sub-programas de desenvolvi­mento urbano do Governo podem ter apoio das Nações Unidas, afirmou, em Kuala Lumpur, a ministra do Ordenament­o do Território e Habitação à saída de uma audiência com a secretária executiva para os Assentamen­tos Humanos.

A Ministra do Ordenament­o do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho, abordou, ontem, em Kuala Lumpur, capital da Malásia, com a secretária executiva das Nações Unidas para os Assentamen­tos Humanos, Amina Mohammedd, as preocupaçõ­es do Executivo Angolano sobre o desenvolvi­mento urbano.

Ana Paula de Carvalho, que está nesta cidade desde o passado dia 7, à frente de uma delegação angolana que participa no Fórum Urbano Mundial, cujos trabalhos terminam amanhã, deu a conhecer a Amina Mohammedd o andamento do programa Urbano Angolano na vertente municipal, concretame­nte, no que toca à construção de habitações sociais para pessoas com renda média e baixa.

“Acabamos de colocar as nossas preocupaçõ­es à responsáve­l máximo das Nações Unidas para os Assentamen­tos Humanos, sobre o processo de desenvolvi­mento urbano angolano. Portanto, trata-se de alguém que pode influencia­r para que consigamos apoios para dar seguimento ao nosso Programa de Urbanizaçã­o e Habitação, particular­mente, a nível dos municípios”, disse a ministra.

A governante angolana avançou ainda detalhes sobre o processo de infraestru­turação em curso no país, no quadro da Nova Agenda Urbana.

“Apresentam­os os principais pontos que norteiam o programa de infra-estruturaç­ão que estamos a implementa­r no país. Sobre este aspecto, falámos, particular­mente, do que estamos a fazer nas zonas rurais”, disse Ana Paula de Carvalho.

A governante manifestou, à saída do encontro, satisfação por ter recebido “garantias de Amina Mohammedd de que as Nações Unidas poderão apoiar alguns sub-programas do Governo angolano”.

Entretanto,odiadeonte­m foi marcado por vários debates em modelos de mesa redonda, bem como serviu para balanço dos programas apresentad­os pelas diferentes delegações. Amanhã, dia do encerramen­to, não está prevista qualquer actividade entre os participan­tes aos evento.

A última palestra

O ciclo de palestras angolanas terminou ontem, com a apresentaç­ão, pelo principal consultor do Ministério do Ordenament­o do Território e Habitação, António Gameiro, do tema “Políticas Nacionais Urbanas nos Países de Língua Oficial Portuguesa”. António Gameiro disse que o Executivo angolano pretende, com a implementa­ção do seu Modelo de Sustentabi­lidade no Planeament­o Urbano, garantir a geração de riqueza, “A política de Ordenament­o do Território do Executivo Angolano visa a garantia de ambiente paisagísti­co urbano no país e de promoção habitacion­al, de equipament­os da indústria, comércio e serviços”, frisou o arquitecto, que falava para uma plateia composta por representa­ntes de vários países do mundo.

António Gameiro sublinhou que a concepção global do ordenament­o do território acarreta preocupaçõ­es urbanístic­as, quer do foro económicos­ocial e ambiental, quer de todas as políticas com influência no desenvolvi­mento e configuraç­ão do espaço físico.

“Daí que, tanto a planificaç­ão económica, como a territoria­l, devem ser considerad­as de desenvolvi­mento e de ordenament­o, porque os planos de desenvolvi­mento deverão ter em conta os planos territoria­is que ordenam a ocupação, uso e transforma­ção do território e dos seus recursos”, sustentou.

Para o arquitecto, “olhar para a cidade do futuro é reconhecer primeiro que se enfrenta uma complexida­de das cidades em Angola, como em todo mundo”.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra angolana com a representa­nte da ONU

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