Ramaphosa promete julgar os dirigentes corruptos
O Vice-Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, prometeu julgar os corruptos, após a reunião de alto nível do ANC, que produziu um resultado favorável à saída de Jacob Zuma, segundo a imprensa local.
Em cerimónia celebrada na Cidade do Cabo, que deu início às comemorações do centenário do antigo Presidente Nelson Mandela, o líder Ramaphosa, prometeu continuar o legado do Nobel da Paz na luta contra a corrupção. “Aqueles que são corruptos, que roubam os pobres, vão ser levados à justiça”, disse Ramaphosa.
Acerca das negociações sobre a saída do Chefe de Estado Jacob Zuma, Ramaphosa sublinhou: “O que queremos é que o interesse das pessoas prime sobre o dos outros”. A antiga Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, foi distinguida ontem com o prémio Ibrahim para a Excelência na Liderança Africana, que esteve vários anos sem ser atribuído.
Ellen Johnson Sirleaf, que ficou na presidência durante dois mandatos, entre 2006 a 2017, foi distinguida pela liderança excepcional e transformadora na recuperação da Libéria, após muitos anos de guerra civil.
O presidente do Comité do Prémio, Salim Ahmed Salim, afirmou: “Ellen Johnson Sirleaf tomou o comando da Libéria após o país ter sido completamente destruído pela guerra civil e conduziu um processo de reconciliação concentrado na construção da unidade nacional e de fortes instituições democráticas. Ao longo de seus dois mandatos, ela trabalhou incansavelmente em nome do povo da Libéria”.
Mesmo se foram cometidas algumas falhas nestes 12 anos, refere, o comité considera que a antiga Chefe de Estado “lançou as bases sobre as quais a Libéria pode agora construir um futuro melhor”. Desde 2006, a Libéria é o único país a melhorar em todas as categorias e subcategorias do Índice Ibrahim de Governança Africana, tendo subido dez lugares na classificação geral do Índice, para 28.º lugar em 58 países. Todos os anos, são candidatos ao prémio ex-Chefes de Estado ou de governo africanos que cessaram funções nos três últimos anos civis (neste caso, entre 2014 e 2016) após terem sido democraticamente eleitos e cumprido o seu mandato de acordo com a constituição do país.
O objectivo do Prémio Ibrahim é distinguir líderes que, durante o seu mandato, ajudaram a desenvolver os seus países, fortalecendo a democracia e os direitos humanos e estimulando o desenvolvimento sustentável em todos os sectores.
O prémio foi lançado em 2006, mas até agora só foi atribuído cinco vezes, duas das quais a antigos Chefes de Estado lusófonos: Joaquim Chissano, de Moçambique, em 2007, e Pedro Pires, de Cabo Verde, em 2011.