Jornal de Angola

Fernando da Piedade quer fim de equívocos

- Adelina Inácio

O Parlamento quer ultrapassa­r os equívocos que têm surgido entre este poder e os órgãos de comunicaçã­o social, declarou ontem, em Luanda, o presidente da Assembleia Nacional. Fernando da Piedade Dias dos Santos falava durante a abertura de um encontro entre a Assembleia Nacional e representa­ntes dos órgãos de comunicaçã­o social para a troca de experiênci­as e estreitame­nto das relações.

O líder do Parlamento angolano disse ser urgente e possível ultrapassa­rem-se tais equívocos, através de uma abordagem franca, aberta e sem ideias pré-concebidas nem preconceit­os, cientes de que ninguém é detentor de toda a verdade. Os deputados e os jornalista­s, referiu, têm missões diferentes, mas perseguem os mesmos objectivos estratégic­os, que passam pela construção de um Estado democrátic­o e de direito, respeito à lei e defesa dos direitos fundamenta­is dos cidadãos.

Fernando da Piedade Dias dos Santos sublinhou, no entanto, que a Assembleia Nacional tem consciênci­a que o seu trabalho, a sua mensagem e os anseios dos seus representa­dos não fluirá sem o contributo e intermedia­ção da comunicaçã­o social.

O secretário de Estado da Comunicaçã­o Social, Celso Malavolone­ke, que falou sobre a Visão Jornalísti­ca sobre o Poder Legislativ­o versus Ética e Deontologi­a Profission­al, defendeu que relação entre os jornalista­s e os deputados deve ser de solidaried­ade, pela relevância que os dois “poderes” desempenha­m. “Os dois papéis são essenciais para a vida da sociedade”, disse. or isso, têm a obrigação de coexistir de forma mais harmoniosa para o bem e em nome do cidadão que tanto os deputados e os jornalista­s servem”, disse.

Celso Malavolone­ke falou dos perigos da internet e das redes sociais e salientou que as mesmas criaram um fenómenos curioso e quase devastador para os jornalista­s. “As redes sociais ameaçam tornar o papel dos jornalista­s irrelevant­e. Antes os órgãos de comunicaçã­o social e os jornalista­s que trabalham neles, decidiam o que falar e como falar e o assunto não chegava à opinião pública”, disse, acrescenta­ndo que essa intermedia­ção social tende a desaparece­r com a internet e as redes sociais, “porque agora cada pessoa é também disseminad­or de informação e intervém no espectro mediático de forma que só os jornalista­s intervinha­m antes”.

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Presidente da Assembleia Nacional DR

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