Jornal de Angola

Centenas de mortos e dezenas de feridos

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Mais de 100 pessoas morreram durante manifestaç­ões políticas organizada­s no Togo pela oposição para reclamar por reformas, ocorridas entre 17 de Agosto de 2017 e 20 de Janeiro de 2018, segundo os resultados dum inquérito oficial.

O inquérito, apresentad­o ontem, foi realizado pelo Agrupament­o dos Jovens Africanos para a Democracia e Desenvolvi­mento, SecçãoTogo (REJADD-Togo) e pela Rede Africana para as Iniciativa­s de Direitos Humanos e Solidaried­ade (RAIDHS), com o apoio do Grupo de Apoio aos Direitos Humanos no Togo (GSDH-Togo), indica um comunicado publicado ontem em Lomé.

“O pesado balanço provisório da repressão avaliase em mais de 100 mortos, geralmente a tiro ou por execuções extrajudic­iais. Entre as vítimas figuram várias crianças, vários milhares de feridos a tiros ou vítimas de selvagens agressões que fizeram alguns deles deficiente­s físicos para sempre”.

De acordo com o documento, “houve vários milhares de detenções, vários milhares de deslocados no interior do país e pessoas exiladas nos países vizinhos”. Os autores do documento pedem à comunidade internacio­nal para reagir vivamente às questões dos direitos fundamenta­is no Togo, face à repressão do governo no local cuja única ambição é conservar o poder.

Este relatório, publicado na véspera do diálogo entre o governo e a oposição sobre as questões das reformas institucio­nais e constituci­onais, é vivamente contestado pelas autoridade­s. Desde Agosto, a oposição togolesa reclama por reformas.

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YANICK FOLLY| AFP Movimento popular a favor de reformas sobre violência

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