MPLA remete plano sobre as autárquicas
Desafios políticos do partido para este ano passam por uma boa preparação para a vitória nas autáquicas
O MPLA vai submeter no decurso deste ano ao Parlamento um conjunto de tarefas que considera essenciais para a realização das eleições autárquicas.
A pretensão consta da sua agenda política para 2018, apresentada, ontem, aos militantes de Luanda, numa cerimónia orientada pelo primeiro-secretário provincial Adriano Mendes de Carvalho.
De acordo com o secretário do bureau político para os assuntos Políticos e Eleitorais, João Martins, o partido vai avaliar, com base nos dados do diagnóstico efectuado, os municípios com melhores condições para a criação das autarquias locais, em respeito aos princípios constitucionais do gradualismo e transitoriedade.
João Martins disse que o MPLA pretende promover a realização do processo de delimitação territorial, definindo de forma correcta os limites territoriais de cada circunscrição autárquica, com base na aplicação correcta e rigorosa das leis, assim como promover a discussão e adaptação da legislação de suporte a realização de eleições autárquicas.
Reforçar o trabalho de formação e de capacitação político-ideológica dos militantes, quadros e dirigentes a todos os níveis; estimular e apoiar a implementação com sucesso de um plano estratégico de identificação, selecção, e formação técnico-científica e de designação de quadros para os futuros órgãos autárquicos, são outras medidas que o MPLA pretende para o presente ano.
A maior organização política no país pretende no decurso deste ano desencadear um “amplo programa” de resgate dos valores cívicos, morais e patrióticos, evolvendo as suas organizações sociais e outras como as dos antigos combatentes e veteranos da pátria, dos trabalhadores, camponeses, incluindo as de solidariedade social.
O lançamento da agenda política do MPLA foi feito no dia 10 deste mês, em Malanje, pelo secretário-geral do partido, Paulo Kassoma.
O primeiro-secretário provincial de Luanda do MPLA disse que os programas para a melhoria dos serviços sociais da população se resumem, nesta fase, à expansão do sector da educação, dos serviços de saúde e mobilidade urbana.
“Estes desafios só são vencidos com o envolvimento de todos os militantes”, afirmou Mendes de Carvalho, que defendeu o aperfeiçoamento dos mecanismos de comunicação no seio do partido para evitar o boato e a intriga entre os militantes.
O também governador da província de Luanda pediu maior envolvimento dos militantes da JMPLA e da OMA em campanhas de sensibilização cívica para a mudança de comportamento dos vendedores ambulantes espalhados por Luanda.
O MPLA pretende promover a realização do processo de delimitação territorial, definindo de forma correcta uma circunscrição autárquica
“As zungueiras e demais vendedores ambulantes não devem ser molestados por quem quer que seja mas sim orientados para os locais onde devem exercer a sua actividade quotidiana”, observou o responsável partidário, para quem o modelo de recolha do lixo na capital deve ser revisto e não deve ser o Estado a suportar os custos desta actividade.
Para o primeiro-secretário do MPLA em Luanda, as verbas actuais que o Estado gasta a pagar às concessionárias do lixo podem ser aproveitadas para melhorar o sistema de saúde e educacional, integrando maior número de alunos, professores e médicos nos respectivos sistemas.
No acto foi apresentado o projecto de estratégia e o plano de acção comunicacional do MPLA, pelo secretário do bureau político para a Informação e Propaganda Norberto Garcia.
A cerimónia de lançamento do agenda política do MPLA em Luanda para este ano foi intercalada com músicas de intervenção dos músicos Pedrito e Calabeto (Kota Bwé).
A cerimónia nacional de apresentação da agenda do partido para este ano aconteceu no início do mês na província de Malanje.