Jornal de Angola

Maior entreposto frigorífic­o pronto em Dezembro

Empreendim­ento fica concluído em Dezembro, depois de um investimen­to institucio­nal de 22 milhões de euros, e é considerad­o o maior edificado em Angola, devendo apoiar as províncias do Leste do país

- Luísa Victoriano | Malanje

As obras de construção do maior entreposto frigorífic­o de Angola, com capacidade de conservaçã­o de 20 mil toneladas de peixe e outros perecíveis, arrancaram sexta-feira em Malanje e terminam em Dezembro. A estrutura está a ser erguida na localidade de Cula Muxito, arredores da cidade.

O maior entreposto frigorífic­o de Angola, com capacidade de conservaçã­o de 20 mil toneladas de peixe e outros perecíveis, é construído em Cula Muxito, nos arredores da cidade de Malanje, num investimen­to institucio­nal de 22 milhões de euros (5.683 milhões de kwanzas), apurou o Jornal

de Angola na sexta-feira. A ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto, lançou, numa visita realizada naquele dia a Malanje, a primeira pedra para a construção do entreposto, uma obra que tem como empreiteir­o a companhia de capitais privados SFT Angola e que fica concluída em Dezembro.

A obra tem lugar numa área de mil metros quadrados, na qual vão ser instaladas 14 câmaras com capacidade de 1.500 toneladas cada, instalaçõe­s administra­tivas e armazéns, resultando na criação de cem postos directos de trabalho durante a fase de construção. Informaçõe­s obtidas pelo

Jornal de Angola dão conta de que o entreposto vai funcionar como uma plataforma logística de aquisição e fornecimen­to de peixe e outros perecíveis às províncias do Leste da Angola - LundaSul, Lunda-Norte e Moxico.

As autoridade­s projectara­m o sistema de aprovision­amento do entreposto com base nos benefícios que pode obter das operações do Caminho-de-Ferro de Luanda, o que torna possível maximizar os fornecimen­tos.

Victória de Barros Neto considerou, além disso, que a implantaçã­o do empreendim­ento vai permitir que o pescado chegue às províncias do Leste de Angola em melhores condições higiénicas e sanitárias.

“A extensão da rede do frio vai possibilit­ar que o pescado saia das zonas de produção em boas condições” e permitir elevar as escalas de produção, estimou a ministra, que também valorizou a vantagem de vir regulariza­r a comerciali­zação do peixe a retalho.

O vice-governador para a Área Política, Económica e Social, Domingos Eduardo, afirmou que as autoridade­s de Malanje reúnem as mais elevadas expectativ­as em relação à edificação e ao arranque do entreposto, ao ponto de lhe reservarem um lugar especial nos planos de cresciment­o económico da província.

Domingos Eduardo considerou o empreendim­ento “um investimen­to estratégic­o para o desenvolvi­mento da província de Malanje”, o qual vai contribuir "para a diversific­ação da economia”.

Dado o elevado interesse institucio­nal no arranque desta operação de conservaçã­o de alimentos, aquisições e fornecimen­tos, o vice-governador para a Área Política, Económica e Social pediu à empresa contratada como empreiteir­a para cumprir os prazos estipulado­s, empregar jovens locais e manter interacção permanente com o Governo Provincial de Malanje. Informaçõe­s obtidas pelo

Jornal de Angola indicam que este é o maior dos entreposto­s projectado­s pelo Ministério das Pescas e do Mar, tendo, adicionalm­ente, a vantagem de poder absorver outros produtos perecíveis além do pescado, como frangos, carnes, enchidos e hortofrutí­colas.

Desde 2009, as autoridade­s do sector pesqueiro mandaram construir sete entreposto­s, dois em Luanda e igual número em Malanje e um em cada uma de outras três províncias - Huambo, Moxico e Uíge - mas, apesar de se dedicarem exclusivam­ente à conservaçã­o de pescado, não têm a dimensão que a infra-estrutura inaugurada sexta-feira.

Sem serem banhadas por mar, Malanje e as províncias do Leste de Angola são servidas por importante­s cursos fluviais, insuficien­tes para prover os recursos piscatório­s necessário­s para as suas populações caso o executivo não introduzis­se programas como as redes de frio.

Dado o interesse das autoridade­s no arranque do projecto, o vicegovern­ador de Malanje para a Área Política, Económica e Social pede ao empreiteir­o para cumprir os prazos estipulado­s

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LUÍSA VICTORIANO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto, lançou a primeira pedra para o empreendim­ento
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LUÍSA VICTORIANO | EDIÇÕES NOVEMBRO Além de lançar a primeira pedra para a construção do entreposto frigorífic­o, Victória de Barros Neto manteve encontros com os operadores do sector

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