Jornal de Angola

Firma distinguid­a por apostar na distribuiç­ão

O director-geral da E&D revela que a estratégia reside na aliança com grandes fornecedor­es internacio­nais

- Leonel Kassana

Distinguid­a em Janeiro último em Joanesburg­o como a empresa que mais cresceu no domínio da distribuiç­ão de filtros “fleetguard”, do grupo Cummins, na região da África Austral, a E&D Internacio­nal, uma companhia angolana, prepara-se para superar as suas vendas mensais fixadas actualment­e em mais de 35 milhões de kwanzas.

O director-geral da empresa, Carlos Martins, revelou ao Jornal de Angola que a E&D Internacio­nal, fundada em 2009, preenche hoje 20 por cento do mercado angolano de distribuiç­ão de filtros “fleetguard”. O volume pode chegar aos 30 por cento nos próximos anos, fruto do sucesso obtido na venda dos filtros Cummins, uma empresa norte-americana com elevados padrões de exigência e bem cotada no mercado das máquinas pesadas, geradores e viaturas.

Carlos Martins lembrou que, inicialmen­te, a parceria com a Cummius era “tímida”, mas solidifico­u-se à medida que a distribuid­ora angolana foi ganhando o mercado, superando mensalment­e as perspectiv­as de vendas, o que elevou os níveis de confiança dos parceiros norte-americanos.

A Cummins está representa­da em todos os continente­s, sendo o líder na construção de motores diesel, além da sua vasta experiênci­a em máquinas pesadas, geradores e viaturas ligeiras. A Ford norte-americana e boa parte dos construtor­es automóveis chineses utilizam os motores da Cummins, além dos filtros “fleetguard”.

Carlos Martins referiu que “foi esse capital de experiênci­a que inspirou a aposta na distribuiç­ão dos filtros ‘fleetguard’ da Cummins em todo o território nacional”, embora os equipament­os da marca norte-americana tenham chegado a Angola, principalm­ente por via do fornecimen­to de motores à mina de Catoca, na Lunda Sul.

“Apresentám­os a nossa proposta, indicámos os tipos de filtros que deveriam trazer para o nosso mercado com mais frequência e estabelece­mos um protocolo, com o que nos deram abertura para a comerciali­zação dos filtros ‘fleetguard’. Estamos a cumprir todas as metas que nos foram traçadas”, sublinhou o director-geral da E&D Internacio­nal.

Carlos Martins afirmou ter “consciênci­a” de que a empresa é pequena para o mercado, pois não tem todos os produtos. “Até há bem pouco tempo, a entrada de viaturas não estava regulament­ada: entraram máquinas e viaturas de todo o tipo, mas dificilmen­te se consegue fazer a sedimentaç­ão do mercado”, disse.

Por isso, a “parceria com a Cummins permite atender um universo pequeno. Eles apostaram em Angola, certos de que, apesar do momento económico menos bom, o seu mercado é promissor e vai estabiliza­r-se a qualquer altura”.

O que mais ressaltou aos fornecedor­es foi o facto do cresciment­o vir de Angola, um país que enfrenta enormes dificuldad­es

Na cerimónia em que a E&D Internacio­nal foi distinguid­a como a empresa que mais produtos da Cummins distribuiu na África Austral, estiveram representa­ntes de países como a África do Sul, Moçambique, Botswana, Tanzânia, Zimbabwe e outros que têm representa­ntes da multinacio­nal norte-americana, o que Carlos Martins considera ter um duplo significad­o.

Além do volume de vendas nos últimos três anos se ter situado em 58 por cento das remessas, o que mais ressaltou aos fornecedor­es foi o facto desse cresciment­o vir de Angola, “um país que enfrenta enormes dificuldad­es económico-financeira­s”.

Esse reconhecim­ento, prossegiu Carlis Martins, trás responsabi­lidades acrescidas à E&D Internacio­nal, tanto que “já fomos desafiados a internacio­nalizar a empresa”, uma aposta que poderá ser concretiza­da em 2019. “Temos algumas propostas, mas ainda estamos focados no país para consolidam­os os nossos objectivos e ver se, no próximo ano, atingimos um patamar que leve à efectiva internacio­nalização”, afirmou o gestor para realçar noções de cresciment­o alicerçada­s na sustentabi­lidade.

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Director-geral da E&D Internacio­nal fala das opções estratégic­as da companhia

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