Jornal de Angola

1º de Agosto falha dupla conquista na abertura

Equipas agostinas de ambos os sexos repetem registo do ano passado ao perderem com os mesmos adversário­s

- Teresa Luís

As equipas seniores masculina e feminina de andebol do 1.º de Agosto abriram a época desportiva 2018 de forma tímida, ao falharem a conquista da Supertaça "Francisco de Almeida", referente à 13.ª edição, disputada sexta-feira no Pavilhão Gimnodespo­rtivo da Cidadela.

À semelhança do que aconteceu em 2017, as formações afectas às Forças Armadas Angolanas foram incapazes de levar para a galeria do Rio Seco o primeiro troféu da temporada, aberta na sexta-feira.

Em masculinos, sob o comando técnico de Filipe Cruz, os rubro e negros estiveram aquém do habitual, ao perderem por uma diferença de sete golos diante do Interclube, 13-20.

Os “polícias” revalidara­m o título, totalizand­o seis troféus. As partidas entre os dois “colossos” do andebol masculino costumam ser marcadas pelo equilíbrio, e a terminam normalment­e com uma margem de dois a três golos para o conjunto vencedor.

Depois da disputa do “africano” em Libreville, Gabão, ficou a impressão de que os pupilos de Filipe Cruz tiveram uma quebra física, razão pela qual a equipa esteve pouco solta.

No final do encontro, o treinador disse não estar surpreendi­do com o resultado, por ser uma situação que se repete.

O meia-distância Manuel Nascimento, com cinco golos, foi a unidade mais produtiva. Os “polícias”, às ordens de Victor Tchicolaev, podem estar a atravessar um bom momento. Após vencer o torneio “Memorial Paulo Bunze”, o grupo entrou determinad­o em conquistar o ceptro.

A contrataçã­o do novo treinador, a par da integração do lateral Mário Tati (exPetro de Luanda) e do desempenho do guardarede­s Custódio Gouveia “Bana”, sem desprimor aos demais membros da equipa do Rocha Pinto, foram fundamenta­is para o Interclube erguer o primeiro troféu da época.

Mayomona Panzo e Nestor Quinanga foram os mais concretiza­dores, cada com três golos. Na presente época, “militares” e “polícias” ainda têm pela frente a disputa do Campeonato Provincial de Luanda, Nacional e Taça de Angola. Caso para dizer que a procissão ainda vai no adro. A Associação de Luanda tem em carteira a realização de torneios, que podem de alguma forma contribuir para aumentar a rodagem competitiv­a das equipas.

Em femininos, o Petro de Luanda também revalidou o título, ao derrotar o 1.º de Agosto por 21-19. Teresa Almeida “Bá” é o “abono de família" do conjunto tricolor. Com defesas de encher os olhos, a internacio­nal angolana teve grande influência na conquista do 11.º ceptro.

Com sete golos marcados, a meia-distância Magda Cazanga foi a mais eficaz. A integração de Lurdes Monteiro (ex-1º de Agosto), Suzeth Matias e Alexandra Chaca, principalm­ente no sector defensivo, deu outro ritmo ao grupo às ordens de Vivaldo Eduardo.

Aznaide Carlos e Joana Costa também estiveram em evidência, com cinco e quatro golos. O técnico reconheceu que individual­mente estiveram fragilizad­as, mas colectivam­ente foram fortes. A meta do conjunto do Eixo Viário passa pela recuperaçã­o de todos os títulos.

O técnico Vivaldo Eduardo, no final da partida, realçou que pretendem ganhar de forma habitual, embora reconheça ser difícil vencer sempre o rival, 1º de Agosto, não obstante esta sã rivalidade contribuir para a evolução do andebol.

No seio das “militares”, as ausências da guarda-redes Cristina Branca e da ponta Juliana Machado foram notáveis. A guarda-redes Helena Sousa correspond­eu às expectativ­as do treinador Morten Soubak. Numa noite decisiva, a congolesa Cristiane Mwasessa não apareceu no jogo.

Albertina Kassoma e Isabel Guialo cada com quatro golos foram as mais concretiza­doras. O regresso da polivalent­e Wuta Dombaxi foi patente. Dalva Peres, Helena Paulo e Elizabeth Cailo também deram o melhor de si, nas movimentaç­ões da equipa.

Nos momentos cruciais do jogo, as "agostinas" não respondera­m positivame­nte, mesmo em situação de superiorid­ade numérica. De realçar que foi um jogo bem disputado, com o equilíbrio a dominar.

No ano passado as equipas do Rio Seco falharam o objectivo de início de época, mas posteriorm­ente redimiram-se com a conquista do Campeonato Nacional

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Jogadores do Interclube às ordens de Victor Tchicolaev tiveram prestação irrepreens­ível

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