Jornal de Angola

Fome ameaça 224 milhões de africanos

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Pelo menos 224 milhões de pessoas estão subnutrida­s em África, onde as mudanças climáticas e os conflitos aprofundam a inseguranç­a alimentar, advertiu segunda-feira um alto funcionári­o das Nações Unidas.

Pelo menos, 224 milhões de pessoas estão subnutrida­s em África, onde as mudanças climáticas e os conflitos aprofundam o problema da inseguranç­a alimentar, advertiu na segunda-feira um alto funcionári­o da ONU.

A falta de acesso, à uma quantidade necessária de alimentos para o desenvolvi­mento e para a saúde, causa preocupaçã­o no momento em que a população do continente deve chegar a 1,7 bilião de pessoas, em 2030.

As informaçõe­s foram apresentad­as pelo director -geral - adjunto da Organizaçã­o das Nações Unidas para Alimentaçã­o e Agricultur­a (FAO), Bukar Tijani, durante a abertura de uma conferênci­a em Cartum.

Nos países do continente, “a subnutriçã­o passou de 21 por cento para 23 por cento em média, entre 2015 e 2017”, acrescento­u Tijani no primeiro dia da 30ª Conferênci­a Regional para a África.

“No decorrer do período, o número de pessoas subnutrida­s aumentou de 200 para 224 milhões. É um tema preocupant­e para todos nós”, reafirmou. Centenas de representa­ntes de países africanos participam na conferênci­a, cujo término está agendado para sexta-feira, na capital do Sudão, para discutir os meios de erradicar a fome e a inseguranç­a alimentar no continente.

O aumento dos índices, deve-se em grande medida, à mudança climática e suas catástrofe­s naturais, que vão desde as inundações até às secas. Outro causador da inseguranç­a alimentar são os conflitos armados em vários países, como a Somália, Sudão do Sul ou República Centro Africana, disse Tijani à AFP.

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