APN desmente fuga de militantes
O presidente da Aliança Patriótica Nacional (APN) desmentiu ontem a informação que dá conta do abandono das fileiras do partido na província do Bié de um total de 950 militantes, entre os quais o seu primeiro secretário provincial.
Em declarações ontem ao Jornal de Angola, Quintino Moreira afirmou que a informação avançada na segundafeira pela Angop e retomada por este jornal não corresponde à verdade, assegurando que as fileiras da APN no Bié “estão intactas”.
O político confirmou, no entanto, que existe uma vacatura na direcção do partido no Bié. Explicou que o antigo primeiro secretário naquela província, Azafi Siliveli, demitiu-se há já algum tempo, razão pela qual, defendeu, ao ter anunciado a sua desvinculação do partido, o mesmo não devia fazê-lo intitulando-se como representante do partido no Bié.
Quintino Moreira disse Azafi Siliveli apresentou a sua demissão com o fundamento de que o partido teve um resultado péssimo nas eleições de 23 de Agosto de 2017. Dos 531.233 eleitores no Bié, a APN obteve apenas 2.384 votos, correspondente a 0,61, resultado que terá motivado o pedido de demissão de Siliveli. O líder da APN informou que o cargo de primeiro secretário do partido no Bié é ocupado, interinamente, pelo segundo secretário provincial, Ernesto Jorge Ngueve Calungo, igualmente coordenador da comissão de gestão.
Quintino Moreira negou que os militantes da APN no Bié estejam votados ao abandono. “Temos tido contactos permanentes com a comissão de gestão. Tanto é assim que a direcção do partido está a preparar um périplo pela região centro-sul do país, que começa exactamente na província do Bié, passa pelo Huambo e termina no Cuando Cubango”, informou. Durante a permanência no Bié, disse, será eleito o novo primeiro secretário provincial.
O presidente da APN admitiu que o partido vive dificuldades financeiras, por não ter conseguido assento no Parlamento. Só beneficiam de verbas do Estado as formações com representação parlamentar.