Expansão da doença crónica transmissível deve ser travada
Maria Luísa, técnica de apoio do Programa Nacional de Controlo da Tuberculose, apelou às autoridades angolanas para reforçarem as intervenções na luta contra a doença, no sentido de atingir a meta de pôr fim à enfermidade até 2035, conforme orienta a OMS.
Um dos grandes desafios que o país tem, segundo Maria Luísa, tem a ver com a implementação do programa de controlo da tuberculose em todas as unidades penitenciárias do país, para se travar a expansão da doença, melhorar o controlo e o tratamento. Neste âmbito, o Ministério da Saúde, através do Programa de Controlo da Tuberculose e do Instituto Nacional de Luta contra a Sida, está a realizar um curso de capacitação em gestão de casos das duas enfermidades nas cadeias, uma actividade financiada pelo Fundo Global.
Maria Luísa disse acreditar que a formação dos pontos focais, o terceiro curso que se realiza desde o ano findo, é um passo fundamental para que se alcance uma luta mais eficaz no combate à tuberculose e ao VIH e Sida, assim como da co-infecção TB/Sida entre os reclusos das 42 cadeias do país.
Uma das propostas do encontro de médicos e enfermeiros, explicou a especialista, é que se faça o controlo da baciloscopia em sintomático respiratório que esteja nas cadeias ou com probabilidades para ingressar nelas e, nos casos detectados nas prisões, que se faça controlo dos contactos familiares mais próximos. Até amanhã, os médicos e enfermeiros vão discutir a situação da tuberculose no mundo e em Angola, diagnóstico, tratamento e resultados, rastreio e profilaxia da doença, gestão dos efeitos secundários e sequelas da enfermidade.
Quanto ao VIH e Sida, os técnicos provenientes da área de saúde dos serviços penitenciários de todas as províncias do país vão abordar questões ligadas à situação epidemiológica da infecção do VIH em Angola e no mundo, testes, aconselhamento, fisiopatologia, acompanhamento do paciente, entre outros assuntos.