Jornal de Angola

José Luís Mendonça refere o papel da poesia

- Amilda Tibéria

O escritor José Luís Mendonça disse, na quarta-feira, em Luanda, que a poesia pode ser usada para educar e moralizar os seus integrante­s, de modos a fazer perceber os fenómenos políticos, sociais e culturais.

O autor, que apresentou, na União dos Escritores Angolanos, o livro “Angola, Me Diz Ainda”, referiu que além do arranjo harmónico das palavras, a poesia tem um fito crítico, pela sua dissociáve­l ligação à política, que permite esclarecer e aclarar factos e costumes próprios de uma sociedade.

Para a elaboração do livro, revelou José Luís Mendonça ao JornaldeAn­gola, teve influência­s de trabalhos de autores nacionais e internacio­nais da geração de 1950, entre os quais o “O Movimento dos novos intelectua­is de Angola”, onde pontifica- ram os nomes de Viriato da Cruz, António Jacinto e Mário António. Esses autores deixaram um l egado muito importante, bastante rico em estética artística e política, disse o autor, que realçou ser um dos motivos pelo qual o livro retrata problemas que afligem a sociedade, como a corrupção, a impunidade e a ganância.

Segundo o autor, o título do livro é uma questão colocada pelo povo sobre determinad­os episódios que estão por se explicar, e que ainda estão escondidos, “como a Independên­cia de Angola que está a ser conquistad­a aos poucos”.

Fragata de Morais considerou o livro referência para as escolas do II Ciclo do Ensino Primário, pois faz uma reflexão do período pôsIndepen­dência.

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