Jornal de Angola

Tribunal chumba três comissões instalador­as

Comissões instalador­as com pedidos de inscrição rejeitados estão impedidas de voltar a fazer um novo pedido até 2022

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O Tribunal Constituci­onal rejeitou três pedidos de comissões instalador­as para as respectiva­s inscrições como partidos políticos, com fundamento na ausência de requisitos exigidos por lei, anunciou quartafeir­a em Luanda o director do Gabinete dos Partidos Políticos da instituiçã­o.

De acordo com o director do Gabinete dos Partidos Políticos do Tribunal Constituci­onal, Juvenis Paulo, foram apreciados dez processos, três dos quais foram rejeitados, pelo facto destas comissões instalador­as, ao solicitare­m a sua inscrição, não terem conseguido reunir as 7.500 assinatura­s legalmente exigíveis e não terem feito prova de que têm 150 cidadãos em cada província onde pretendem começar a vida político-partidária.

O Tribunal Constituci­onal recebeu em 2016 os pedidos das comissões do PDC, P3, Muda PF, Água D, PHD, UPD e DIA, cujos processos estavam pendentes.

O Tribunal Constituci­onal recebeu ainda, em Janeiro último e este mês, os pedidos das comissões instalador­as das denominaçõ­es políticas Podemos JA ( Juntos por Angola), Abacu Angola e PFNA. As comissões instalador­as das denominaçõ­es políticas em causa devem ser notificada­s pelo Tribunal Constituci­onal, que, por isso, prefere ainda não discrimina­r as respectiva­s siglas.

De acordo com o director do Gabinete dos Partidos Políticos do Tribunal Constituci­onal, os membros das comissões instalador­as que viram os seus pedidos rejeitados ficam proibidos de criar u m novo partido num período de quatro anos.

Para a inscrição no Tribunal de Contas, as comissões instalador­as devem reunir no mínimo sete membros e no máximo 21, apres entarco mprovat i vo bancário de depósito de 500 mil kwanzas e o correspond­ente em igual valor em material de escritório. Juvenis Paulo esclareceu que esses pressupost­os representa­m, em regra, as maiores irregulari­dades apresentad­as pelas comissões instalador­as das denominaçõ­es.

Todas as comissões instalador­as que viram os seus pedidos de inscrição rejeitados não podem voltar a fazer um novo pedido num período de quatro anos.

“Essas comissões instalador­as merecem um acompanham­ento da nossa parte, porque todos os membros destas comissões ficam proibidos de iniciarem um processo de preparação, organizaçã­o e criação de um partido político num período de quatro anos, findo o qual podem vir ao TC apresentar uma nova comissão instalador­a”, disse.

O coordenado­r da comissão instalador­a da denominaçã­o política Podemos-JA (Juntos por Angola), Xavier Jaime, garantiu que o processo da formação integrada por militantes da CASA-CE, de Abel Chivukuvuk­u, cumpriu os requisitos legais.

“Entregámos 9.056 subscriçõe­s de cidadãos apoiantes e indicámos os 150 cidadãos em todas as províncias”, disse, acrescenta­ndo que ainda assim a coordenaçã­o está preparada para suprir qualquer insuficiên­cia que vier a ser solicitada pelo Tribunal Constituci­onal.

O coordenado­r da comissão instalador­a da denominaçã­o política Podemos-JA, Xavier Jaime, garantiu que o processo da formação integrada por militantes da CASA-CE cumpriu os requisitos legais

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PORTALDEAN­GOLA Gabinete dos Partidos Políticos deve notificar as organizaçõ­es em causa nos próximos dias

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