CARTAS DOS LEITORES
Onda viral
Nas redes sociais parece tornarse viral o fenómeno "acaba de me matar", uma espécie de manifestação de descontentamento por parte de um grande número de angolanos. Não sei exactamente de onde partiu esta iniciativa que constitui frustração, mas que na minha opinião passa por uma situação normal, de liberdade sobretudo. Devemo-nos orgulhar pelo facto de as pessoas puderem livremente exprimir-se, inclusive com manifestações deste tipo. É um acto cultural, independentemente do lado do activismo social, político ou cívico que lhe acompanha. As frustrações são normais, mas devem estar controlados na medida em que acidentalmente podem ocorrer fatalidades na manifestação desse tipo de atitudes nas redes sociais. Na manifestação deste tipo de atitudes pelas redes sociais devem ser limitadas pelo respeito à vida, segurança das pessoas próximas e nunca pelo excesso. Para terminar, quero apelar às pessoas, sobretudo as de tenra idade, mais propensas a seguir as modas, que tenham cuidado com uma eventual tendência de fazer uma experiência semelhante ao "acaba de me matar". A vida é boa demais para ser testada com risco de ser perdida. Exploração de inertes
Vivo junto a uma pedreira e escrevo para o Jornal de Angola pela primeira vez para falar sobre esta actividade que contribui para prejudicar o ambiente. Além das transformações ambientais, com muita poeira pelo meio, há uma grande poluição sonora, com as maquinarias a trabalharem dia e noite. A comunidade anda há muito agastada com o trabalho nesta pedreira, sobretudo porque a referida empresa nem demonstra qualquer responsabilidade social junto da comunidade. O que sucede na minha área seguramente que ocorre noutras latitudes do país onde a exploração de inertes está a mudar radicalmente o panorama paisagístico de áreas outrora lindas e sustentáveis. Alguém precisa de controlar a actividade das empresas que exploram inertes. Acho que as licenças de exploração e as actividades deviam ser alvo de inspecção permanente porque nem sempre os estudos de impacto ambiental, feito antes das actividades, correspondem ao que sucede depois. Muitas vezes esses estudos de impacto ambiental pecam por defeito na avaliação do ESCREVA-NOS
Cartas recebidas na
Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda ou por e-mail: cartasdoleitor@jornaldeangola.com O 28 de Fevereiro, segundo a História, passou a ser festejado como Dia da Polícia Nacional porque foi neste dia, em 1976, que o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, visitou a Escola de Polícia Mártires do Kapolo, em Luanda. A Polícia Nacional tem origem na antiga Polícia de Segurança Pública (PSP), da administração colonial portuguesa, e que, com a independência de Angola, em 1975, foi reformulada, dando origem ao Corpo de Polícia Popular de Angola (CPPA). Desde então, a CPPA foi sofrendo várias reorganizações, ao mesmo tempo que foram nela integrados diversos impacto que a actividade de exploração de inerte e só mais tarde as pessoas acabam por se certificarse da dimensão dessas mesmas actividades. Para terminar, gostava de ver este apelo encarado com seriedade por quem de direito porque, embora não tenha certeza, julgo que actividades das empresas de exploração de inerte influencia também o surgimento de ravinas.
Pombos em extinção
Quando era criança, há mais de30 anos, a população de pombos em Luanda era considerável. Hoje, dificilmente se vêem pombos e julgo que do ponto de vista do impacto ambiental, dos ecossistemas, constitui uma perda para a cidade. Ao contrário do que muitos pensam, os pombos têm uma importância relevante na sociedade na medida em que contribuem para o controlo da população de insectos. Afinal, ao comerem os insectos, os pombos contribuem para que estes não aterrorizem a vida dos outros seres humanos. Contribuem também para a disseminação de sementes dos frutos que consomem. É verdade que há também doenças associadas aos pombos, mas a sua existência em grande número contribui para o bem comum organismos de Polícia, então autónomos, tais como a Polícia Judiciária, actual SIC. Resultado da integração dos diversos organismos policiais e não-policiais, o CPPA passou a denominar-se Corpo de Polícia de Angola (CPA) e, em 1993, Polícia Nacional. Compete à Polícia Nacional prevenir a delinquência, combater a criminalidade, a investigação de crimes e dos seus autores, a instrução preparatória de processos, a defesa da legalidade democrática. A Polícia Nacional é chefiada por um comandante-geral, sendo o actual Eduardo Mingas.