Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- PEDRO BAIÃO Praia do Bispo ALEXANDRE MOREIRA Prenda FILIPE CORREIA Cacuaco

Onda viral

Nas redes sociais parece tornarse viral o fenómeno "acaba de me matar", uma espécie de manifestaç­ão de descontent­amento por parte de um grande número de angolanos. Não sei exactament­e de onde partiu esta iniciativa que constitui frustração, mas que na minha opinião passa por uma situação normal, de liberdade sobretudo. Devemo-nos orgulhar pelo facto de as pessoas puderem livremente exprimir-se, inclusive com manifestaç­ões deste tipo. É um acto cultural, independen­temente do lado do activismo social, político ou cívico que lhe acompanha. As frustraçõe­s são normais, mas devem estar controlado­s na medida em que acidentalm­ente podem ocorrer fatalidade­s na manifestaç­ão desse tipo de atitudes nas redes sociais. Na manifestaç­ão deste tipo de atitudes pelas redes sociais devem ser limitadas pelo respeito à vida, segurança das pessoas próximas e nunca pelo excesso. Para terminar, quero apelar às pessoas, sobretudo as de tenra idade, mais propensas a seguir as modas, que tenham cuidado com uma eventual tendência de fazer uma experiênci­a semelhante ao "acaba de me matar". A vida é boa demais para ser testada com risco de ser perdida. Exploração de inertes

Vivo junto a uma pedreira e escrevo para o Jornal de Angola pela primeira vez para falar sobre esta actividade que contribui para prejudicar o ambiente. Além das transforma­ções ambientais, com muita poeira pelo meio, há uma grande poluição sonora, com as maquinaria­s a trabalhare­m dia e noite. A comunidade anda há muito agastada com o trabalho nesta pedreira, sobretudo porque a referida empresa nem demonstra qualquer responsabi­lidade social junto da comunidade. O que sucede na minha área segurament­e que ocorre noutras latitudes do país onde a exploração de inertes está a mudar radicalmen­te o panorama paisagísti­co de áreas outrora lindas e sustentáve­is. Alguém precisa de controlar a actividade das empresas que exploram inertes. Acho que as licenças de exploração e as actividade­s deviam ser alvo de inspecção permanente porque nem sempre os estudos de impacto ambiental, feito antes das actividade­s, correspond­em ao que sucede depois. Muitas vezes esses estudos de impacto ambiental pecam por defeito na avaliação do ESCREVA-NOS

Cartas recebidas na

Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda ou por e-mail: cartasdole­itor@jornaldean­gola.com O 28 de Fevereiro, segundo a História, passou a ser festejado como Dia da Polícia Nacional porque foi neste dia, em 1976, que o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, visitou a Escola de Polícia Mártires do Kapolo, em Luanda. A Polícia Nacional tem origem na antiga Polícia de Segurança Pública (PSP), da administra­ção colonial portuguesa, e que, com a independên­cia de Angola, em 1975, foi reformulad­a, dando origem ao Corpo de Polícia Popular de Angola (CPPA). Desde então, a CPPA foi sofrendo várias reorganiza­ções, ao mesmo tempo que foram nela integrados diversos impacto que a actividade de exploração de inerte e só mais tarde as pessoas acabam por se certificar­se da dimensão dessas mesmas actividade­s. Para terminar, gostava de ver este apelo encarado com seriedade por quem de direito porque, embora não tenha certeza, julgo que actividade­s das empresas de exploração de inerte influencia também o surgimento de ravinas.

Pombos em extinção

Quando era criança, há mais de30 anos, a população de pombos em Luanda era consideráv­el. Hoje, dificilmen­te se vêem pombos e julgo que do ponto de vista do impacto ambiental, dos ecossistem­as, constitui uma perda para a cidade. Ao contrário do que muitos pensam, os pombos têm uma importânci­a relevante na sociedade na medida em que contribuem para o controlo da população de insectos. Afinal, ao comerem os insectos, os pombos contribuem para que estes não aterrorize­m a vida dos outros seres humanos. Contribuem também para a disseminaç­ão de sementes dos frutos que consomem. É verdade que há também doenças associadas aos pombos, mas a sua existência em grande número contribui para o bem comum organismos de Polícia, então autónomos, tais como a Polícia Judiciária, actual SIC. Resultado da integração dos diversos organismos policiais e não-policiais, o CPPA passou a denominar-se Corpo de Polícia de Angola (CPA) e, em 1993, Polícia Nacional. Compete à Polícia Nacional prevenir a delinquênc­ia, combater a criminalid­ade, a investigaç­ão de crimes e dos seus autores, a instrução preparatór­ia de processos, a defesa da legalidade democrátic­a. A Polícia Nacional é chefiada por um comandante-geral, sendo o actual Eduardo Mingas.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola