Fórum “Power Africa” aberto em Washington
Angola participa pela terceira vez e é representada por António Belsa da Costa
Angola está representada, desde ontem até ao dia 3 de Março, através de uma delegação do Ministério da Energia e Águas, na reunião de parceiros da “Power Africa 2018”, em Washington, Estados Unidos, que tem como objectivo apoiar os países da África subsariana na criação e desenvolvimento de energias renováveis, aumentando o seu desenvolvimento neste ramo entre o sector público e privado.
Angola, que participa pela terceira vez nesse fórum, está a ser representada pelo secretário de Estado para a Energia, António Belsa da Costa.
A “Power Africa” oferece uma gama de assistência técnica e financeira para promover a implementação de projectos a curto e médio prazos. A assistência fornecida varia e corresponde às necessidades e prioridades de cada país onde a “Power Africa” tem presença. Ela não oferece programas padronizados, mas pretende personalizar assistência de acordo com os desafios específicos enfrentados nos sectores energéticos locais.
Em todo caso, a outorga de assistência no âmbito da iniciativa “Power Africa” visa alcançar um resultado específico a curto prazo, nomeadamente a adição de novos megawatts à capacidade de geração instalada do país. A assistência técnica da “Power Africa” tem duas categorias, uma de apoio aos governos e a outra de apoio aos projectos dos promotores privados que tenham um acordo com o Governo para a implementação de projectos.
Além disso, há o apoio ao Governo e assistência aos consultores de transacções, em serviço do Ministério da Energia e Águas. O papel destes consultores é trabalhar com o Governo na identificação de uma carteira de projectos prioritários e colaborar para acelerar a implementação desses projectos. As actividades dos consultores incluem lidar com as barreiras à implementação dos projectos e identificar potenciais fontes de financiamento. Os consultores também trabalham para identificar as reformas necessárias no sector energético e aproveitar os recursos da “Power Africa” para assegurar melhorias no enquadramento regulador.
Realizada desde 2013, ano em que contou com a participação de 18 países, a reunião de parceiros da “Power Africa” resulta de uma iniciativa do então presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama.
A “Power Africa” é composta hoje por mais de 140 países, tais como Noruega, França e Japão, entidades como Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Mundial e a União Europeia e mais de 130 empresas privadas, em representação de promotores e fornecedores de equipamentos, entre outras.
A “Power Africa” tem como metas, até 2030, contribuir no aumento da potência instalada na região e a criação de novas conexões à energia eléctrica, com o foco nas energias limpas, renováveis e gás natural. Em Fevereiro de 2016, a “Power Africa” aprovou a lei para a electrificação da África em 2015 (Electrify Africa Act of 2015). Desde a sua criação, a “Power Africa” tem apoiado a realização de 84 projectos, liderados pelo sector privado e representa uma potência instalada total de 7.350 Megawatts distribuídos em 118 países.
No mesmo período, 11 mi-lhões de lares e empresas tiveram acesso à electricidade, em países como Costa do Marfim, Libéria, Senegal, Guiné, Namíbia, Ghana, Benim, Nigéria, Botswana, Ruanda, Uganda, Quénia, Tanzânia, África do Sul, Moçambique, Malawi, Zâmbia, Maurícias e Angola.