Produção de petróleo com ligeiro impulso
A capacidade de produção angolana de petróleo deve “ter um pequeno impulso em 2018” devido ao projeto Kaombo, da Total, o último aprovado antes da queda do preço do petróleo, em 2014, e que deve começar a bombear “crude” ainda este ano.
A informação está num relatório “Oil Market Report”, da Agência Internacional de Energia (AIE), um documento que consagra alguns parágrafos exclusivamente ao país, sob o título “Angola arrasta-se em África”, divulgado ontem na imprensa internacional.
“Angola está quase completamente dependente do petróleo para alimentar a sua economia e, em Novembro de 2017, o novo Presidente, João Lourenço, colocou uma nova administração na Sonangol como parte da sua aposta para reanimar o investimento estrangeiro”, conclui o relatório da AIE nos parágrafos que dizem respeito ao país.
O documento refere, entretanto, um “envelhecimento dos poços petrolíferos, que perdem fulgor”, e alude aos investidores externos que, “face às perspectivas relativamente pouco competitivas, perdem entusiasmo”.
A AIE considera que a produção petrolífera terá a maior queda até 2023, descendo 370 mil barris por dia (bpd) - 21,8 por cento) -, para 1,29 milhões.
O documento acrescenta que “os poços em águas ultraprofundas precisam melhoramentos e desde que a produção atingiu o pico de quase 1,9 milhões de bpd em 2016, tem sido difícil suster os declínios, com os projetos mais caros a serem adiados ou abandonados”.
A exploração dos novos poços em 2016, como a Mafumeira Sul, do Chevron, ou o da Eni, em 2017, “foi anulada pela queda de produção em campos mais maduros”.
De acordo com as previsões desta agência, Angola vai bombear 1,65 milhões de bpd este ano (o mesmo que em 2017), e depois começará a cair para 1,60 milhões em 2019, descendo ainda mais para 1,56 no primeiro ano da próxima década.