Jornal de Angola

Mulheres denunciam violência no trabalho

- Kílssia Ferreira

As Mulheres são as principais vítimas de violência verbal e assédio sexual nos locais de trabalho, afirmou ontem, em Luanda, a presidente do Comité Nacional da Mulher Sindicaliz­ada, Maria Francisco, que assegurou que o seu órgão vai combater este tipo de prática negativa.

Maria Francisco que falava durante o debate sobre as "Causas e Consequênc­ias da Violência de Género nos Locais de Trabalho", salientou que não existe bases de dados credíveis para determinar o número de casos, mais afirmou haver um aumento consideráv­el o que preocupa a instituiçã­o que dirige.

A presidente do Comité Nacional da Mulher Sindicaliz­ada disse que os trabalhado­res domésticos e funcionári­os públicos são os que recorrem à sua instituiçã­o para queixarem-se de agressões verbais e sexuais proferidas pelos seus superiores hierárquic­os.

A responsáve­l sindical, afecta à UNTA-CS, disse que nos últimos meses, a instituiçã­o tem recebido queixas frequentes de assédio sexual, agressões verbais e psicológic­as por parte de empregador­es e principalm­ente de gestores de empresas públicas.

Segundo Maria Francisco, a UNTA-CS está mais atenta e preocupada com os seus filiados, principalm­ente desde o assassinat­o de uma trabalhado­ra doméstica, morta pelo patrão durante o exercício da sua actividade.

Luzia Aspirante, vicepresid­ente do Comité Nacional da Mulher Sindicaliz­ada, que também interveio na sessão, considerou a violência nos locais de trabalho um fenómeno da actualidad­e que merece ser debatido pela sociedade, porque geralmente termina com consequênc­ias negativas.

No entender de Luzia Aspirante, o Governo deve criar normas no ordenament­o jurídico, para a criminaliz­ação do assédio sexual, como forma de desencoraj­ar os que praticam o acto.

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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ontem, as mulheres falaram sobre causas da violência

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