Ministro defende aposta na pesquisa
Os jornalistas angolanos foram orientados a serem mais perspicazes na busca de dados no Diário da República e em sites dos departamentos ministeriais, instituições públicas e privadas, bem como cultivar fontes próprias para a produção de notícias credíveis e de interesse da nação.
A orientação foi dada ontem, em Luanda, pelo ministro da Comunicação Social, João Melo, numa conferência dirigida aos quadros da Rádio Nacional de Angola (RNA), no âmbito do ciclo de refrescamento dos jornalistas dos órgãos públicos sediados na capital do país, iniciado a 24 de Fevereiro último.
Ao responder às inquietações apresentadas no encontro, sobre as dificuldades na obtenção de dados informativos junto das entidades autorizadas, o ministro reconheceu ser ainda um facto no país, daí ter orientado a procura de documentos oficiais disponíveis na Internet.
Todavia, disse haver já uma maior compreensão e abertura por parte de algumas entidades desde que o novo Executivo entrou em funções, em Outubro de 2017, fruto dos encontros que o pelouro tem mantido com os ministros, governadores e vice-governadores provinciais, bem como com os administradores municipais, sobre a importância da Comunicação Institucional e Imprensa.
Durante a conferência, sob o lema “O discurso jornalístico da actualidade”, João Melo abordou questões sobre a importância dos órgãos de comunicação social públicos e privados nas sociedades, bem como o papel dos jornalistas.
Para o ministro, o jornalista deve abster-se de opinar ou de fazer o papel de juiz, porquanto ele é apenas um comunicador dos factos que ocorrem no dia-a-dia, aos quais deve informar em todos os ângulos e matizes.
Segundo o ministro, a comunicação deve ser vista como um sistema que permita a coexistência de órgãos de diferentes perfis, orientações e perspectivas.