Embaixadores estão preparados para o exercício de funções
O ministro das Relações Exteriores disse que a formação visou o refrescamento dos representantes de Angola junto de outros Estados e de instâncias multilaterais em matérias que se adequam à prossecução dos interesses nacionais
Os diplomatas nomeados pelo Presidente da República em Fevereiro estão preparados para iniciar as suas funções, depois de participarem no terceiro Curso de Refrescamento para embaixadores extraordinários e plenipotenciários e consortes, que decorreu durante 15 dias no Instituto Superior de Relações Internacionais “Venâncio de Moura”.
Ao intervir na cerimónia de encerramento, o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, disse que o dinamismo com que se desenvolvem as relações internacionais e as frequentes mutações que ocorrem no seio do sistema internacional obrigam aquela instituição a constantes formações de refrescamento.
“Com o curso que hoje finda, esperamos ter dado aos nossos diplomatas ferramentas necessárias para um excelente cumprimento das suas funções”, sublinhou.
Manuel Augusto informou que a formação visou essencialmente o refrescamento dos mais altos representantes do Estado angolano junto de outros Estados e de instâncias multilaterais, em matérias que se adequam à prossecução dos interesses nacionais.
A inserção de um Estado a nível internacional, disse, ocorre por meio da sua política externa, e o Estado angolano prima pelo uso dos vários instrumentos pacíficos.
Durante a formação foram abordadas em seminários específicos matérias como Técnicas de Negociação Internacional, Política Externa de Angola, Direito Diplomático e Consular, Protocolo e Cerimonial Diplomáticos.
Segundo Manuel Augusto, a inserção entre os Estados, as organizações internacionais, as empresas multinacionais e outros actores das relações internacionais é cada vez mais gradual e complexa, daí ser de extrema importância que o diplomata se deve munir de conhecimentos sólidos sobre a forma como funciona o sistema internacional.
Manuel Augusto considerou a cerimónia a “aurora do esforço do Ministério das Relações Exteriores e do Instituto de Relações Internacionais “Venâncio de Moura”, que tão afincadamente preparou o Terceiro Curso de Refrescamento para embaixadores e embaixatrizes com vista a proporcionar aos diplomatas um conjunto de formações contínuas, consolidando, desta forma, as ferramentas intelectuais indispensáveis para a materialização das linhas mestras traçadas pelo Executivo”.
O chefe da diplomacia apelou aos embaixadores a primarem pela superação em todos os momentos. “Esta área profissional é bastante volátil e exige uma permanente actualização do nosso saber e conhecimento, para melhor continuarem a servir os altos interesses do Estado angolano”, salientou.
O ministro expressou o desejo de que tão breve quanto possível, cursos do género possam ter lugar já nas futuras instalações do Instituto Superior de Relações Internacionais, em fase de conclusão.
Na abertura do curso, no mês passado, o ministro das Relações Exteriores instou os novos embaixadores a terem na linha da frente das suas agendas a melhoria da imagem do país na arena internacional para captação de investimento estrangeiro e estabelecimento de parcerias, que são necessárias à aceleração do desenvolvimento económico e social do país.
“Como altos representantes do Estado angolano no exterior, é nosso dever melhorar a imagem do país na arena internacional e contribuir activamente para uma maior captação do Investimento Estrangeiro”, defendeu o chefe da diplomacia angolana, que disse ser intenção do sector aumentar a presença do Estado junto das instâncias multilaterais, quer através de uma participação objectiva e actuante nos diversos eventos e negociações, quer por via da inserção de quadros angolanos nas diversas organizações
Com o curso que hoje finda, esperamos ter dado aos nossos diplomatas ferramentas necessárias para um excelente cumprimento das suas funções
internacionais.
O Presidente João Lourenço nomeou, no mês passado, João Bernardo de Miranda, embaixador na França, Georges Rebelo Pinto Chicoti para o Reino da Bélgica, João Salvador dos Santos Neto para a República Popular da China, Joaquim Duarte Pombo para São Tomé e Príncipe, Margarida Rosa da Silva Izata para junto do Escritório das Nações Unidas em Genebra e Organizações Internacionais, Maria Filomena Lobão Telo Delgado, para a República da África do Sul, Maria de Jesus dos Reis Ferreira para as Nações Unidas, em Nova Iorque, José Luís de Matos Agostinho para Espanha, Beatriz Antónia Manuel de Morais para o Botswana e Syanga Kivuila Samuel Abílio para o Quénia e junto dos Escritórios das Nações Unidas em Nairobi.