MPLA faz balanço dos resultados eleitorais
O primeiro-secretário do MPLA em Benguela, Rui Falcão, considera ser necessário acrescentar aos desafios impostos pelo programa do partido em 2018 a realização de um balanço exaustivo do desempenho do partido durante as eleições gerais de 2017.
“Não basta dizer que ganhámos com uma maioria qualificada. É preciso percebermos os fenómenos sociais adjacentes aos resultados que tivemos aqui e ali, bons ou menos bons, mas com frontalidade percebermos que há muito que tem que ser feito no sentido de não cometermos neste ciclo os mesmos erros do passado”, sublinhou o político, que discursava no acto de apresentação da Agenda Política do MPLA, no município de Caimbambo.
Para Rui Falcão, é preciso tornar o partido mais activo e participativo na sua relação com a administração, para junto dos cidadãos ser capaz de interpretar as necessidades e concretizar aquilo que for de bem para todos.
Os militantes, disse, não podem viver apenas de reuniões. “É preciso estarmos cada vez mais juntos em momentos até informais, não só para nos conhecermos melhor, mas para percebermos o que cada um pretende e como cada um deve realizar a sua acção”, realçou.
O facto de alguns quadros superiores do partido se coibirem de se encontrarem de modo informal com militantes de base, segundo Rui Falcão, constitui uma prática que deve ser ultrapassada, pois, argumentou, um dirigente político existe porque os militantes de base depositaram confiança nele.
A Agenda Política do MPLA orienta que todos os problemas da vida interna e os reais problemas da sociedade sejam discutidos a todos os níveis do partido e, segundo Rui Falcão, isso só se faz no contacto permanente e directo com as bases, onde o dirigente se despe do complexo de superioridade.