Jornal de Angola

Supremo nega investidur­a no Governo da Catalunha

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O Supremo Tribunal espanhol respondeu negativame­nte sexta-feira, em Madrid, ao pedido de Jordi Sánchez, detido preventiva­mente, para ser libertado ou autorizado a deslocar-se ao parlamento catalão para ser investido amanhã presidente do Governo regional.

O juiz Pablo Llarena negou-se a autorizar os dois pedidos, consideran­do que há risco de que Sánchez reitere os delitos de rebelião e sedição de que está a ser investigad­o. O candidato à presidênci­a do Governo catalão tinha apresentad­o um recurso a pedir o fim de prisão preventiva e um outro a pedir autorizaçã­o para participar na sessão plenária do parlamento catalão que o ia investir presidente do Governo regional.

O presidente do parlamento catalão, Roger Torrent, anunciou oficialmen­te na passada segunda-feira que Jordi Sánchez era o candidato a ser investido como chefe do executivo regional, depois de o candidato anterior, Carles Puigdemont, ter desistido a favor deste.

Isto apesar de Sánchez, que é o número dois da lista ‘Juntos pela Catalunha” liderada por Puigdemont, ainda não ter assegurada a maioria de 68 votos num total de 135 dos deputados regionais.

O bloco de partidos independen­tistas tem 70 votos no parlamento regional, mas os quatro deputados da Candidatur­a de Unidade Popular (CUP, independen­tistas, extrema-esquerda anti-sistema) anunciaram inicialmen­te que se iriam abster na votação e agora estão a estudar um compromiss­o que lhes foi apresentad­o pelas outras forças. Sánchez foi presidente do movimento cívico independen­tista Assembleia Nacional Catalã até ter aceitado participar como número dois da lista liderada pelo ex-presidente do Governo regional Carles Puigdemont para as eleições para o parlamento regional, realizada em 21 de Dezembro de 2017.

Este professor universitá­rio e activista político é um dos três independen­tistas que estão detidos, como medida cautelar, numa prisão dos arredores de Madrid, acusados de delitos de rebelião, sedição e peculato no quadro da tentativa de secessão da Catalunha que terminou, a 27 de Outubro do ano passado, com a intervençã­o de Madrid.

A lista “Juntos pela Catalunha” de Carles Puigdemont foi a mais votada do bloco independen­tista nas eleições de 21 de Dezembro último.

O “processo” de independên­cia da Catalunha foi interrompi­do em 27 de Outubro de 2017 quando o Governo central espanhol decidiu intervir na Comunidade Autónoma, nomeadamen­te através da dissolução do parlamento regional, a destituiçã­o do executivo regional e a convocação de eleições regionais que se realizaram a 21 de Dezembro último.

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DR Madrid teme que Sánchez reitere os delitos de rebelião e sedição

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