Mulheres na Polícia são pouco valorizadas
As mulheres incorporadas na Polícia Nacional são pouco valorizadas e com baixa representatividade nos órgãos de direcção, comando e chefia em distintos órgãos que compõem o Comando Geral da Polícia Nacional.
A constatação foi feita ontem em Luanda, pelo o segundo comandante-geral da Polícia Nacional, para Ordem Pública, comissário-chefe Paulo Gaspar de Almeida, durante o encerramento do curso da Inspecção que decorreu no Instituto superior de Ciências Policiais e Criminais.
Ao falar para centenas de efectivos presentes no encerramento do curso, Paulo de Almeida disse: "Olho para esta sala e vejo poucas mulheres mesmo estando no Março mês dedicado à mulher”, disse acrescentando que “temos que aceitar e auto criticar-nos que a Mulher na Polícia Nacional não esta a ser valorizada”, disse.
Apesar das referências feitas nas nossas directrizes, nos discursos, o certo é que a representatividade feminina nos órgãos de decisão da Polícia Nacional é nula, disse Paulo de Almeida, para acrescentar ser importante melhorar a representatividade das mulheres nos órgãos de decisão.
O apelo do segundocomandante-geral da Polícia Nacional em se ter mais mulheres nos órgãos de decisão prende-se com o facto de a nível da região da SADC, a Polícia Nacional Angolana ter o nível mais baixo de representação feminina nos órgãos de direcção, comando e chefia, situação que o deixa descontente.
“Temos de ter coragem de apostar nas mulheres e, este ano, teremos de trabalhar para ver nos conselhos de direcção maior representatividade feminina”, disse o comandante Paulo de Almeida.