S. Tomé e consórcio partilham petróleo
O Governo são-tomense assinou contratos de partilha de exploração petrolífera com um consórcio constituído pela britânica BP (British Petroleum) e a norte-americana Kosmos Energy.
De acordo com os contratos, o consórcio vai operar em dois blocos, onde o Estado sãotomense detém 15 por cento de interesse participativo.
Os contratos foram assinados nas instalações da Agência Nacional de Petróleos são-tomense (ANP), que definiu 28 anos como período de vigência deste contrato. Os primeiros oito anos destinam-se a pesquisa e os restantes 20, para desenvolvimento e produção.
Os contratos de partilha de produção prevêem que o consórcio formado pela BP e Kosmos Energy pagará um bónus de assinatura no valor de 10 milhões de dólares ao Estado são-tomense dentro dos próximos 30 dias.
Os documentos definem ainda que o consórcio “se compromete a desenvolver pesquisas sísmicas nos referidos blocos, obras e colaborar com o governo, financiando projectos sociais e a formação de quadros”. O director-geral da ANP disse que a sua instituição “adoptou como orientação a promoção da ZEE de São Tomé e Príncipe em linha com a Estratégia Nacional para o sector do petróleo e gás que orienta no sentido de atrair empresas com reconhecidas capacidades técnicas e financeiras”. Aquele responsável recordou que a Kosmos já opera em São Tomé e Príncipe desde 2015 e “ao longo destes anos, juntamente com a ANP desenvolve importante parceria”.
O primeiro leilão de blocos na ZEE são-tomense ocorreu em 2010 e nos últimos oito anos o governo são-tomense já assinou oito contratos de partilha de produção.
“Como resultado de uma promoção sistemática, já conseguimos atrair para a nossa zona económica exclusiva várias companhias, cada uma com a sua dinâmica. Isto demonstra que no contexto da indústria petrolífera mundial a ZEE são-tomense é cada vez mais atractiva e promissora”, disse o directorgeral da ANP.