Jornal de Angola

Académica e Petro de Luanda preparam arranque da época

Equipa da Académica pretende manter o troféu face a um Petro renovado com a ambição de voltar aos tempos áureos, apesar da renovação do plantel

- Armindo Pereira

As equipas da Académica e Petro de Luanda já trabalham com os olhos postos na abertura da época desportiva de 2018, com a disputa da Supertaça João Garcia em hóquei em patins sénior masculino, agendada para o dia 24 do corrente, em local a indicar pela Federação Angolana de Patinagem (FAP).

Inicialmen­te prevista para ser disputada na província de Malange, Pedro Azevedo “Chipita”, vicepresid­ente da FAP, descartou esta hipótese. Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o dirigente disse que os clubes alegaram falta de condições financeira­s para a deslocação até aquela cidade.

Com quatro semanas de preparação, a Académica de Luanda, detentora do título, quer aparecer na sua melhor forma e revalidar o título. A confirmaçã­o foi feita por Maninho Cabral, directorge­ral da agremiação, que trabalha no pavilhão Dream Space, sob orientação do novo técnico, Fernando Fallé.

“A preparação tem estado a correr da melhor maneira e estamos a tentar criar um grupo coeso. A integração do Nery decorre sem qualquer sobressalt­o, uma vez que os jogadores conhecemse todos. Teve boa aceitação, até porque os colegas reconhecem o valor que ele pode trazer ao grupo”, disse Maninho Cabral.

Nery, melhor marcador da edição transacta do Campeonato Nacional, que represento­u o 1º de Agosto nas últimas quatro épocas, decidiu abraçar o novo projecto e mudar de ares pela segunda vez na carreira, depois de a ter iniciado na equipa do Juventude de Viana.

Walter Silva e Argentino Agostinho “Tino” são outros jogadores que manifestar­am interesse em jogar pela Académica. “Há todo o interesse da nossa parte em tê-los no nosso plantel”, confirmou Maninho Cabral

Fernando Fallé rendeu no cargo o brasileiro Jurandir da Silva “Didi”. O treinador português rubricou um contrato válido por um ano e outro de opção. Petro reforçado

Do lado dos “tricolores” o discurso não difere, apesar de levar menos duas semanas de trabalho. Como é norma, no início de época, a componente física tem dominado as sessões de treino, segundo o treinador Benevides Almeida “Vide”.

“Sempre no início dos trabalhos aparecem dois ou três jogadores com algum problema, provavelme­nte devido a alguns excessos. É uma situação normal, paulatinam­ente foram recuperado­s e hoje temos um grupo mais coeso, repleto de jogadores jovens”, assegurou.

O finalista vencido da Taça de Angola vai apresentar cinco reforços na Supertaça João Garcia. Trata-se de Bebucho e Sami, provenient­es do Sagrado Coração de Jesus, e Bruno, ex-Marinha de Guerra. Além destes, Jimbinho e André ascenderam ao escalão principal e este ano fazem dupla categoria.

Apesar destas entradas, segundo o treinador, o plantel ainda não está fechado. O corpo técnico pretende mais dois jogadores, também provenient­es do escalão de juniores. “Estamos a pensar numa equipa para o futuro. Vemos isso acontecer com equipas da Europa e penso que os bons exemplos devem ser seguidos”, justificou.

Convidado a fazer o prognóstic­o da partida contra o detentor do título, “Vide” revelou que o grupo vai entrar com o objectivo de contrariar ao máximo as intenções da Académica de Luanda, uma equipa com jogadores experiente­s. “Apesar do favoritism­o teórico do nosso adversário, quero dizer que não vamos entrar para o jogo de cabeça baixa. Se for possível, queremos muito ganhar o primeiro troféu da época 2018”, destacou.

No ano passado, a Académica de Luanda conquistou o troféu da referida competição, ao vencer o 1º de Agosto por 6-5, após prolongame­nto. As três últimas edições foram vencidas consecutiv­amente pelos “académicos”, que somam cinco troféus, igualando o Petro de Luanda no palmarés.

Depois da Supertaça João Garcia, os clubes disputam o Torneio de Abertura, com arranque aprazado para 7 de Abril próximo, seguido do Campeonato Provincial de Luanda. Este época fica marcada pela desistênci­a do Sagrado Coração de Jesus, por razões financeira­s, e o regresso do Juventude de Viana, três anos depois.

Com sete títulos de campeã nacional, sendo o último em 2008, a equipa de Viana já foi orientada por Hugo Correia, João Cruz, Augusto Magalhães, Nelson Amado “Sony”, Fernando Fallé, Inácio Olim e António Victor “Duke”.

Com quatro semanas de preparação, a Académica, detentora do título, quer aparecer na sua melhor forma e revalidar o título. A confirmaçã­o foi feita por Maninho Cabral, director-geral da agremiação

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JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO Regresso da formação vestida de laranja pode aumentar nível competitiv­o, apesar das desistênci­as de outras agremiaçõe­s

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