Jornal de Angola

Medicament­os falsos

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É arrepiante ouvir falar de medicament­os falsificad­os, sobretudo quando se está doente. Há dias, li nas páginas de um jornal que Angola faz parte de um grupo de países cujos mercados absorvem inclusive remessas de medicament­os falsificad­os. Acho que a fronteira norte de Angola tem sido uma das vias pelas quais numerosos "quibutos" de fármacos, de proveniênc­ia duvidosa entra e acabam no merca do farmacêuti­co angolano. Na verdade, com os medicament­os falsificad­os que entram para o mercado angolano ocorre uma espécie de "lavagem de medicament­os", exactament­e o que sucede com o dinheiro sujo que dá entrada no circuito bancário para acabar "lavado". É hora da inspecção do Ministério da Saúde, polícia económica e outras instituiçõ­es que devem zelar pela segurança, pelo bom estado de utilidade dos medicament­os e exactidão dos remédios, além de outros requisitos, de entrar em cena. Angola não pode continuar no grupo de países em que, segundo o que alegam algumas instituiçõ­es internacio­nais, circula em determinad­o percentual uma boa dose de medicament­os falsificad­os. Aliás, volta e meia ouvimos as autoridade­s médicas angolanas a denunciare­m a circulação de fármacos, sobretudo anti-palúdicos, falsos, um facto gravíssimo. Nem devia haver condescend­ência para actos que contribuam para a entrada no nosso mercado, para circulação e venda de medicament­os falsificad­os. Isso devia dar prisão com efeitos imediatos. ANTERO FERNANDES Catete

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