Inquérito no Cunene abrange várias famílias
Processo cobre 72 aglomerados dos seis municípios da província e o trabalho a realizar vai ser suportado por equipas que integram inquiridores e cartógrafos
O Inquérito sobre Despesas, Receitas e Emprego em Angola (IDREA), que arrancou na semana finda em todo país deve, atingir, até Março próximo, 616 agregados familiares na província do Cunene, numa acção que visa medir o nível de pobreza da população.
Nessa conformidade, o responsável do Serviço Provincial do Instituto Nacional de Estatística do Cunene (SPINE), José Pedro Jacinto, afirmou tratar-se de um inquérito por amostragem, cujos trabalhos vão incidir apenas nas áreas seleccionadas para o efeito, mas os resultados daí obtidos hãode espelhar a realidade da província de forma geral.
Na províncias do Cunene, tal como noutras dezasseis províncias do país, o inquérito vai cobrir 72 aglomerados. Para o feito, a actividade estende-se a zonas urbanas e rurais de seis municípios. O trabalho vai ser suportado por equipas que integram inquiridores, supervisores, cartógrafos e motoristas.
Por isso, José Jacinto pediu à população da província a prestar informações verdadeiras que permitam produzir indicadores credíveis, do Inquérito sobre Despesas, Receitas e Emprego de Angola (IDREA), que teve início segunda-feira última em o todo país.
O responsável do organismo no Cunene frisou ser imperioso, no início do inquérito, que as famílias dêem informações reais sobre a sua realidade sócio-económica, com vista a produzirem-se indicadores fiáveis e que permitam ao Executivo criar políticas mais acertadas a favor das camadas mais desfavorecidas da sociedade.
As equipas do IDREA na capital da província do Cunene, Ondjiva, realizam trabalho em três bairros, nomeadamente Castilhos e Cafitu I e II.
Realidade de Luanda
Ao contrário da previsão de atingir 72 aglomerados em cada uma das dezassete províncias do país, em Luanda, pela sua especificidade, terá o dobro desta cifra, como informou na semana finda, o porta-voz do IDREA.
Paulo Fonseca assegurou, por outro lado, que os grupos de trabalho vão ser integrados por dez agentes de campo em cada província. Luanda, por conseguinte, vai contar com uma cifra duplicada de agentes de campo face às suas particularidades. Na ocasião, o responsável do Inquérito sobre Despesas, Receitas e Emprego em Angola frisou que o objectivo é calcular os indicadores sobre a pobreza no país, uma vez que os dados que Angola possui sobre a situação deficitária datam de 2008-2009. Disse, ainda, que espera contar com a população que vai informar onde existem infra-estruturas como escolas, postos médicos e condições que posteriormente serão tratadas pelo Instituto Nacional de Estatística para apresentar ao Executivo.
É importante lembrar que na capital do país os inquiridores começaram a trabalhar nos municípios do Cazenga, Cacuaco, Kilamba Kiaxi e Viana para fazerem o reconhecimento e listagem dos agregados a serem inquiridos. A nível de todo o país este é o terceiro Inquérito sobre Despesas, Receitas e Emprego de Angola (IDREA) e que prevê abranger 12 mil e 500 agregados familiares, numa iniciativa do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Duração da actividade
Por outro lado, é importante lembrar que o Inquérito sobre Despesas, Receitas e Emprego em Angola (IDREA), com duração de 12 meses, tem como objectivo a recolha de informação relacionada ao consumo das famílias.
A iniciativa, segundo apurou ainda a nossa equipa de reportagem, visa acima de tudo a obtenção de dados sobre o poder de compra das famílias e a sua condição de emprego. A nível da província do Cunene, o 1º e 2º inquéritos ocorreram em 2001 e 2008, respectivamente, e de forma quinquenal.
Ao contrário da previsão de atingir 72 aglomerados em cada uma das dezassete províncias do país, em Luanda, pela sua especificidade, terá o dobro desta cifra