Polícia trava entrada de imigrantes ilegais
A Polícia Nacional declarou um combate “sem tréguas” às redes de promoção e auxilio à imigração ilegal que operam na linha de fronteira entre a província angolana do Zaire e a vizinha República Democrática do Congo, afirmou ontem o comandante provincial da Polícia Nacional no Zaire.
O comissário Manuel Gouveia, que falava à imprensa na fronteira do Luvo à margem do repatriamento de 168 cidadãos de nacionalidade congolesa em situação ilegal, sustentou a ideia da corporação de continuar a trabalhar arduamente no combate ao fenómeno migratório sem dar azo à corrupção. “Todos os cidadãos estrangeiros são bem-vindos ao nosso país, desde que cumpram com as leis de imigração em vigor em Angola”, sublinhou.
A Polícia travou, na segunda-feira, na fronteira do Luvo, o contrabando de mais de 30 litros de combustível que seria comercializado na vizinha República Democrática do Congo (RDC). O porta-voz da corporação no Zaire, Carlos Fidel, afirmou que o combustível apreendido foi entregue ainda ontem à Administração Geral Tributária (AGT), enquanto os infractores aguardam pelo julgamento.
À pergunta de como os estrangeiros entram constantemente ao território nacional, o comandante da terceira unidade de guarda fronteira, Delfino Nunda, denunciou a existência de uma rede de angolanos radicados na RDC que se dedica à prática de promoção e auxílio de imigrantes de diversas nacionalidades, com intenção de alojarem-se em Angola.
Para ele, os promotores das redes no Congo detêm o domínio da carta fronteiriça da província angolana do Zaire, para a infiltração, a troco de valores monetários de cidadãos estrangeiros de diversas nacionalidades ali residentes.
O director do SME no Zaire, Francisco Paulo, apontou a vulnerabilidade da fronteira, como sendo factor associado com a fuga ao fisco nos controlos policiais da região. “Os cidadãos estrangeiros são capturados na província do Bengo, depois de passarem pelo Zaire”, disse.